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A primeira atividade desenvolvida por muitos imigrantes que se instalavam nas colônias rurais, como irlandeses e franceses, foi a ovina e até não muitos anos atrás, foi comum nos campos pampeanos que o setor ovino fosse escolhido pelos produtores jovens para iniciar-se na atividade pecuária. Os tempos mudaram. Com o desenvolvimento das fibras sintéticas derivadas do petróleo, houve uma redução do rebanho mundial ovino e uma especialização nas produções de lã e carne. Na Argentina, o rebanho existente se concentra fundamentalmente na região patagônica.

Argentina é castigada pela seca

postado em 08/09/2008

O país enfrenta, em pleno inverno, a pior seca nos últimos 20 anos. Cálculos preliminares indicam prejuízo próximo de US$ 700 milhões na agricultura (US$ 884 milhões nas províncias de Buenos Aires, Santa Fé, Corrientes e Río Negro) - fora a pecuária.

As exportações de lã da Argentina nos primeiros sete meses da safra de 2007/08 (julho de 2007 a fevereiro de 2008) aumentaram 6% com relação ao mesmo período do ano anterior, para 43.503 toneladas base suja, segundo dados proporcionados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA).

De acordo com informações da Federação Laneira Argentina (FLA), durante o período de julho de 2008 a maio de 2009, a Argentina exportou um total de 43.379 toneladas de lã base suja, o que representou um decréscimo de 28,3% com relação ao mesmo período da safra anterior. Em termos de valor, as exportações de lã totalizaram US$ 122,8 milhões, o que implicou em uma redução de 40,2% com relação ao período de julho de 2007 a maio de 2008.

De acordo com informações da Federação Laneira Argentina, durante o período de julho de 2008 a março de 2009, a Argentina exportou um total de 34.965 toneladas de lã base suja, o que representou um decréscimo de 29,5% com relação ao mesmo período da safra anterior. Em termos de valor, as exportações de lã totalizaram US$ 101,3 milhões, o que implicou em uma redução de 40% com relação ao período de julho de 2007 a março de 2008.

Nas fazendas da principal província produtora de lã da Argentina, Chubut, os ovinos estão morrendo de fome. A seca está provocando estragos no solo da região patagônia - na região central não chove por 12 meses; na região sul, a chuva acumulada em um ano é de 40 milímetros, quando o normal é de 120; enquanto no leste, a última chuva caiu em março.

De acordo com informações da Federação Laneira Argentina, durante a primeira metade da safra de 2008/09 (julho/dezembro 2008), a Argentina exportou um total 24.735 toneladas de lã base suja, o que representou uma queda de 23,6% com relação ao mesmo período da safra anterior. Em termos de valor, as exportações de lã da Argentina totalizaram US$ 76,4 milhões, o que implicou em uma redução de 29,9% com relação a julho/dezembro de 2007.

De acordo com informações da Federação Laneira Argentina, durante o período de julho de 2008 a janeiro de 2009, a Argentina exportou um total 27.171 toneladas de lã base suja, o que representou uma queda de 28,6% com relação ao mesmo período da safra anterior. Em termos de valor, as exportações de lã da Argentina totalizaram US$ 83 milhões, o que implicou em uma redução de 35,3% com relação a julho de 2007/janeiro de 2008.

De acordo com informações da Federação Laneira Argentina, durante os primeiros cinco meses da safra de 2008/09 (julho/novembro 2008), a Argentina exportou um total de 20,973 mil toneladas de lã base suja, o que representou uma redução de 20% com relação ao mesmo período da safra anterior. Em termos de valor, as vendas ao exterior de lã argentina totalizaram US$ 65,4 milhões, o que implicou um decréscimo de 24% com relação a julho/novembro de 2007.

As agências do Banrisul recebem, nos próximos dez dias, as orientações de como proceder nas operações de crédito aos ovinocultores gaúchos, segundo programa do Governo Estadual. Lançado pelo governador Tarso Genro e pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, o Programa Estadual de Desenvolvimento da Ovinocultura visa qualificar e aumentar o rebanho de ovinos nos campos gaúchos. Para tanto, está sendo oportunizado aos produtores rurais uma linha de crédito, junto ao Banrisul, para aquisição de matrizes ou reprodutores e, também, para retenção de matrizes.

As boas margens projetadas para a nova safra nacional de grãos, fibras e cereais devem elevar a renda dos produtores, aumentar os investimentos no setor rural e reduzir o endividamento no campo. "O cenário é positivo, mas depende de análises individuais", diz o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Vaz. "No Centro-Oeste, os mais capitalizados vão investir e os mais endividados vão pagar. No Sul, quem não for afetado pela seca fará o mesmo. Se perder até 15% ou 20%, o preço vai compensar eventual quebra".

As chuvas registradas na ultima semana trouxeram um alento aos pecuaristas das regiões da Campanha e Zona Sul no estado do Rio Grande do Sul. Apesar da pequena recuperação das pastagens, a situação segue crítica e causando um menor desempenho da atividade, que se reflete em uma menor oferta de animais para o abate.

As commodities agrícolas terão pela frente uma década de preços elevados e grande volatilidade no mercado internacional, e o Brasil será um dos países mais beneficiados nesse cenário. É o que prevê um amplo estudo conjunto da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que será apresentado na sexta-feira em Paris, ao qual o Valor teve acesso.

As condições positivas de mercado para a indústria australiana de carne ovina deverão continuar pelo resto de 2011 e depois disso. As ofertas aumentarão, mas continuarão estreitas, à medida que os rebanhos ovinos são reconstruídos mais rápido do que se esperava. O economista chefe do Meat and Livestock Australia (MLA), Tim McRae, disse que os preços historicamente altos da carne de cordeiro vistos no começo de 2011 estavam retornando para um nível mais sustentável para toda a indústria. "Os preços da carne de cordeiro alcançaram recordes no primeiro trimestre do ano, devido em grande parte aos mercados afetados pelas chuvas. Entretanto, embora se mantenham favoráveis em uma base histórica, os preços agora voltarão a níveis mais sustentáveis que são viáveis para toda a cadeia de fornecimento".

As contratações do crédito rural em custeio, investimento e comercialização para a agricultura empresarial alcançaram R$ 27,4 bilhões nos meses de julho, agosto e setembro de 2010. O resultado representa crescimento de 16,5%, em relação ao mesmo período do ano passado, quando a contratação foi de R$ 23,5 bilhões. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e foram divulgados ontem (20).

As contratações do crédito rural para o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) totalizam R$ 600,6 milhões entre julho e setembro deste ano. Os números mostram que os financiamentos representam 17,7% dos R$ 3,4 bilhões autorizados ao programa para a safra 2012/13. No total, a agricultura empresarial somou R$ 26,5 bilhões nos meses de julho a setembro deste ano e superou em 14,7% o volume contratado em igual período no ano passado, que foi de R$ 23,1 bilhões.

As discussões do Plano Safra 2007/08, a ser anunciado até julho, começam na próxima semana, com reunião dos ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Fazenda, Guido Mantega. O ponto central deve ser a redução dos juros agrícolas, hoje fixados em 8,75% ao ano.

As empresas Tortuga, Bunge e Sulinox confirmaram o patrocínio do 1o. Workhop "Leite Competitivo", a ser realizado pela AgriPoint Consultoria nos dias 8 e 9 de fevereiro, em São José do Rio Preto, no Hotel Michelângelo. O Sebrae-SP confirmou o apoio, assim como a Láctea Noroeste, associação de produtores de leite da região, e as revistas Balde Branco e Leite DPA.

As engrenagens das negociações multilaterais da OMC voltaram a girar em janeiro. Depois de sucessivos impasses, surge uma "janela de oportunidade" para tentar fechar a rodada ainda este ano. Cinqüenta países relançaram as negociações na última reunião do World Economic Forum, em Davos.

As entregas de fertilizantes ao consumidor final encerraram o primeiro bimestre de 2012 indicando aumento de 3,8%, se comparado ao mesmo período de 2011. O mercado de defensivos e calcário também tiveram expansão. Os dados são da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e foram apresentados na 59ª Reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários.

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