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As exportações de carne de cordeiro da Austrália em 2008 declinaram em 6% com relação aos envios de 2007, alcançando 151,56 mil toneladas. A menor oferta de cordeiros pesados da Austrália, seus preços maiores associados, o impacto do alto dólar australiano e a recessão econômica nos EUA durante 2008 contribuíram para o declínio.

As exportações de carne de cordeiro da Austrália durante o mês de fevereiro aumentaram em 15% com relação ao ano anterior, para um recorde no mês de fevereiro de 15.540 toneladas, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, Silvicultura e Pesca. As vendas foram apoiadas pelo menor dólar australiano e maiores abates de cordeiros nos estados do sul australiano.

Com o início do plantio da safra coincidindo com a fase mais aguda da crise financeira internacional, o setor agrícola está precisando, com urgência, de pelo menos R$ 10 bilhões nos próximos dias para garantir a produção em 2009, afirma o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

A indústria de cordeiro da Austrália pode esperar uma continuação dos fortes preços, melhora na lucratividade e aumento nos volumes de produção e exportação em 2009. A única sombra que permanece sobre a previsão positiva é a crise financeira global sem precedentes e seu impacto incerto na demanda global de carne ovina em curto e médio prazo, de acordo com as projeções feitas pelo Meat and Livestock Australia (MLA).

A demanda por carne ovina fresca da Austrália no Oriente Médio está resistindo à recessão, de acordo com o gerente de serviços animais na região do Meat and Livestock Australia (MLA), Peter Dundon. Ele descreveu a demanda por carne fresca da região como "insaciável".

Os preços dos cordeiros e dos ovinos adultos da Austrália deverão aumentar durante 2008-09, direcionados pela menor oferta doméstica. De acordo com o relatório sobre commodities divulgado recentemente pela Agência Australiana de Agricultura e Recursos Econômicos (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics - ABARE), os preços médios dos cordeiros deverão aumentar em 16% em 2008-09, para uma média de A$ 3,90 (US$ 3,26) por quilo - o maior preço anual em termos reais desde 2004-05.

Integrantes do mercado financeiro já acreditam que o dólar possa cair para o nível de R$ 1,80, verificado antes da quebra da Lehman Brothers, em 15 de setembro do ano passado. "Se o dólar continuar a cair contra moedas no mundo todo, pode voltar a R$ 1,80", afirmou Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio-fundador da Quest Investimentos, durante evento em São Paulo promovido pela EMTA (Emerging Markets Traders Association).

A queda nos preços dos alimentos, apontada atualmente pelos índices de inflação, tem limites. Mesmo com esses recuos, o consumidor vai continuar sentindo no bolso a forte pressão dos preços dos alimentos, que continuam em patamares elevados.

A expectativa de que o Brasil exportaria um volume de milho tão grande quanto no ano passado, não deve se confirmar. O desempenho dos embarques até julho está aquém do esperado. No ano, o País comercializou 3,3 milhões de toneladas do grão ante a 4,21 milhões de toneladas no mesmo período de 2007. Os preços mais altos no mercado interno que na paridade exportação, no primeiro semestre, teriam desestimulado novos contratos de venda externa.

O mercado de lã mudou a tendência na última parte da safra de 2008/09, impulsionado por uma reativação da demanda em um mercado internacional caracterizado por reduzidos estoques nos diferentes elos da cadeia laneira têxtil. A principal referência internacional no setor, o Indicador de Mercados Oriental (IME) na Austrália fechou em US$ 6,26 por quilo de lã base limpa esta semana, seu valor mais alto desde outubro passado.

A oferta de cordeiro está se tornando cada vez mais escassa na Nova Zelândia, com os abates durante fevereiro caindo para 2,89 milhões de cabeças - 19% a menos que em fevereiro de 2008, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Silvicultura, enquanto a produção para o mês declinou em 14%, indicando maiores pesos médios de carcaça.

Os dados divulgados na sexta-feira (12) pelo Departamento Americano de Agricultura (USDA) mostram uma queda de 1,7% na estimativa da produção local do grão em relação ao relatório de julho, que caiu de 312,13 milhões de toneladas para 306,65 milhões de toneladas. O resultado foi a alta de 5,6% nos contratos do milho com vencimento em dezembro, que fecharam cotados a US$ 5,63 o bushel, na Bolsa de Chicago (CBOT).

A produção de lã da Austrália deverá declinar na estação de 2008-09, atingindo o menor volume dos últimos 80 anos, de 387 mil toneladas, apesar das boas chuvas de verão e da melhor média de cortes por cabeça.

Durante as operações de ontem, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 1,699. Fechou a R$ 1,701, após recuar 1,05%. Essa é a menor cotação desde o R$ 1,70 cravado em 15 de outubro, quando a moeda foi negociada no preço mais baixo desde setembro de 2008. No mês, o dólar acumula desvalorização de 3,19%. Em 2009, a moeda americana tem perdas de 27,12% diante do real.

A indústria de carne ovina da Nova Zelândia está precisando desesperadamente de maiores preços aos produtores para que fiquem em uma posição financeiramente viável e garanta que o país mantenha esta indústria no futuro, disse o presidente da Federated Farmers Meat and Fibre Producers'Council, Keith Kelly.

A Nova Zelândia está próxima a retomar as exportações de ovinos vivos ao Oriente Médio, apesar de qualquer exportação que venha a ocorrer - o comércio não ocorre desde 2004 - somente ocorrerá após terem sido concordadas regras claras sobre procedimentos veterinários, de transporte, de quarentena e de processamento (incluindo provisões específicas para garantir o descarregamento de ovinos), de acordo com dados do Governo da Nova Zelândia.

As exportações de ovinos vivos da Austrália para o ano fiscal de 2008-09 atingiram 4,07 milhões de cabeças - sem mudanças com relação ao ano anterior, mas 4% acima da média dos últimos cinco anos, de acordo com dados do Australian Bureau of Statistics.

Hoje serão anunciadas as primeiras medidas do governo brasileiro para conter a queda do dólar. O Conselho Monetário Nacional (CMN) fará uma reunião extraordinária para aprovar as mudanças, entre as quais a redução da cobertura cambial, que é a obrigação de os exportadores internalizarem no país os dólares recebidos. "É possível acabar com cobertura cambial", adiantou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em 2006, o governo já havia flexibilizado as regras da cobertura cambial, permitindo que 30% das receitas com exportações ficassem no exterior.

O real já acumula 124,2% de valorização frente ao dólar desde o início do governo Lula. Segundo levantamento feito pela empresa de informações financeiras Economática, a moeda brasileira teve o maior avanço entre países da América Latina e União Européia, no período que vai de 31 de dezembro de 2002 a 25 de julho de 2008. A segunda maior valorização da amostra ficou com a Colômbia, de 61,6%, metade da verificada no Brasil.

As exportações de ovinos vivos da Austrália flutuaram mês a mês durante 2008, à medida que a oferta de animais adequados permaneceu baixa e o alto dólar australiano levou a uma pressão por maiores preços nos envios do país durante a primeira metade do ano. Apesar disso, a demanda geral do Oriente Médio foi forte e levou as exportações australianas de ovinos vivos a aumentar em 12% com relação ao ano anterior, para 4,2 milhões de cabeças - o maior volume exportado em um ano desde 2003, de acordo com dados do Australian Bureau of Statistics.

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