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Os indicadores comerciais mais recentes sugerem uma rápida desaceleração da atividade agropecuária nos países onde a indústria ovina tem importância econômica, sobretudo, aqueles que mantêm uma estreita relação comercial com o NAFTA e a UE-27, uma vez que estarão mais vulneráveis aos efeitos da retração da atividade econômica nos respectivos blocos, incluindo outros membros da OECD (Organization for Economic Co-Operation and Development).

Para muitos brasileiros, a ovinocultura nos Estados Unidos é um importante referencial em diversos aspectos. Não é novidade que a qualidade de vida do povo norte-americano é superior a brasileira e existem importantes diferenciais e experiências que podem servir de exemplo para o Brasil. Porém, as condições do produtor de ovinos naquele país, na sua grande maioria, não diferem muito do que se vê por aqui. É interessante poder conversar com produtores e ouvir as histórias do que é e do que já foi um dia a ovinocultura norte-americana e o que representou comercialmente para a economia deles. Soa até irônico, mas se assemelha ao discurso de muitos ovinocultores brasileiros, só que em inglês. O que é certo é que a produção de cordeiros e lã nos Estados Unidos se mantém estagnada há vários anos, devido aos altos custos de produção que envolve a atividade, tornando-a pouco competitiva quando comparamos com países como o Uruguai, a Nova Zelândia e a Austrália.

Considerando que o país importa queijos de leite de ovelha, ao gerar conhecimento e difundi-lo ao meio criatório brasileiro, podemos agregar valor ao sistema de criação e viabilizar a ovinocultura em pequenas e médias propriedades rurais espalhadas pelo Brasil. Sabendo que a capacidade de produzir leite dos ovinos, pelas características peculiares do próprio leite e da espécie, é menor do que de vacas, búfalas e algumas cabras, temos enquanto especialistas, que adquirir conhecimento e desenvolver técnicas que otimizem ao máximo a produção de leite.

Nos últimos 20 anos, o número de ovinos nos Estados Unidos caiu pela metade. De fato, o número vem declinando desde o final dos anos quarenta, quando a indústria americana de ovinos alcançou seu pico. Hoje, o rebanho ovino doméstico tem um décimo do tamanho que tinha durante a Segunda Guerra Mundial.

De uma forma geral, os parasitas de animais de produção desenvolveram forte resistência aos antiparasitários hoje disponíveis comercialmente. No estado de São Paulo é comum propriedades que vermifugam 100% do rebanho ovino a cada 30 ou 60 dias e a alternância de princípios ativos é feita de forma indiscriminada.

A compra de carne de cordeiro despendeu US$ 10 milhões do Serviço de Comercialização Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Essa iniciativa ocorreu devido à seca que vem prejudicando os pecuaristas do país. Já foi confirmada a compra de 780 toneladas e foi aceito ofertas para pernas com e sem ossos assim como outros cortes. Os produtos serão entregues a centros de assistência alimentícia em todo o país.

O Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal do USDA anunciou uma proposta de emenda às regulamentações referentes à importação de germoplasma animal, removendo as restrições específicas ao sêmen de ovinos de regiões onde há scrapie.

A África do Sul, terceiro maior produtor mundial de lã usada na fabricação de roupas, reduziu as exportações de lã à China, seu maior cliente, após um surto de febre Rift Valley (RVF), uma zoonose que afetou rebanhos ovinos em cinco províncias.

A indústria ovina dos Estados Unidos está passando por um período animador; os preços da carne de cordeiro estão recordes e, nessa primavera, o mercado de lã também está registrando recordes históricos, assim como os preços das peles com lã. Entretanto, da fazenda até o nível de processamento da carne de cordeiro ou da lã, existe uma preocupação sobre a possibilidade de suprir a demanda por carne de cordeiro e lã nos Estados Unidos.

Com uma surpreendente margem de 85,1%, os membros da indústria de ovinos dos Estados Unidos votaram por continuar a dedução de um valor das vendas de ovinos para dar suporte à promoção da carne de cordeiro norte-americana. Esses são os resultados de uma votação feita no país inteiro pela Agência de Serviços Rurais (Farm Service Agency - FSA) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) durante fevereiro de 2009 e anunciado recentemente.

Enquanto outros produtos agropecuários apresentam aumentos importantes, os preços da lã se estabilizaram a nível internacional nos últimos meses, situação que acabou refletindo no mercado uruguaio de lã, informou o El País.

Após a safra de 2006/07 ter tido uma importante recuperação no preço da lã no mercado internacional, a safra de 2007/08 transcorreu com preços estáveis e termina com tendência de baixa em seu principal indicador.

Este artigo faz parte do Estudo de Mercado Externo de Produtos e Derivados da Ovinocaprinocultura da editora Méritos. Este trabalho foi viabilizado pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Sistema Agroindustrial, cuja gestão cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC. O FarmPoint publicará trechos do capítulo Perfil dos Países Importadores e a quinta análise publicada é sobre o México.

Todos os setores da cadeia produtiva de ovinos, dos produtores aos processadores, estão buscando reconstruir o rebanho ovino dos Estados Unidos. O diretor executivo do Superior Farms, um processador de carne ovina, disse que a queda nos números de ovinos cria um círculo vicioso em toda a indústria. "Um frigorífico precisa ter números para manter suas plantas abertas. Quando você fecha uma planta na região, os produtores saem da atividade."

Os baixos preços da lã e os altos custos da tosquia estão levando muitos produtores de ovinos dos Estados Unidos a adicionar uma raça de ovinos sem lã a seus rebanhos. A produção ovina nos EUA está aumentando levemente após um declínio significante durante a última década, de acordo com a Associação Americana da Indústria Ovina. O rebanho ovino caiu de cerca de 8 milhões em 1997 para 6,1 milhões em 2004, quando aumentou para 6,2 milhões em 2007.

Os nova-iorquinos viram na semana passada algo raro dentro dos limites da cidade: ovinos pastando. Em cooperação com a Associação Americana da Indústria Ovina, trinta ovinos foram levados de uma fazenda em Meadowland, no norte do Estado de Nova York, ao Bryant Park, como parte da campanha promocional da lã, "Campaign for Wool", uma iniciativa do Príncipe Charles de Gales, iniciada em 2008 para promover as vantagens dos ovinos no mundo todo.

A veterinária Cindy Wolf, que encabeça o grupo de trabalho de identificação de ovinos destacou que devido ao Programa Nacional de Erradicação do Scrapie, a maioria dos produtores já tem números em seus rebanhos e há um alto grau de aquiescência com o componente de identificação do programa.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que quer ajudar a aumentar a disponibilidade de abatedouros para produtores de pequenos animais de produção e de aves. O esforço é parte da iniciativa da agência "Conheça Seu Agricultor, Conheça Seu Alimento", que busca reconstruir as economias rurais e construir pontes entre os produtores de alimentos e os consumidores.

Os números finais do rebanho australiano, segundo divulgado pelo Australian Bureai of Statistics, mostrou menores números de ovinos no ano até 30 de junho de 2010. A seca que afetou o país em 2009 contribuiu para o declínio de 5% no rebanho ovino, para 68,1 milhões de cabeças.

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