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Foi realizada na Cidade Autônoma de Buenos Aires uma segunda reunião das províncias da região da Patagônia com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do país. A mesma foi convocada pelo secretário da organização, Lorenzo Basso, com o objetivo de avançar no projeto de um Programa de Carne Ovina para a Patagônia.

Nas fazendas da principal província produtora de lã da Argentina, Chubut, os ovinos estão morrendo de fome. A seca está provocando estragos no solo da região patagônia - na região central não chove por 12 meses; na região sul, a chuva acumulada em um ano é de 40 milímetros, quando o normal é de 120; enquanto no leste, a última chuva caiu em março.

O setor ovino da Argentina deverá desacelerar neste ano após mais de sete anos de crescimento sustentado. Em 2008, o setor teve exportações recordes de lã e carne fresca, gerados a partir dos avanços contínuos desde 2002. "O preço externo da lã baixou em 60% este ano e a demanda segue se contraindo", disse o presidente da Sociedade Rural de Comodoro Rivadavia, Provincia de Chubut, Federico Pichl.

Há uma inflação de alimentos que já está a caminho e deve ter impacto nas próximas semanas no preço do prato típico do brasileiro: arroz, feijão e carne. Isso é o que sinaliza o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, calculado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA). O indicador encerrou novembro com alta de 1,85%. Em outubro, a elevação havia sido de 0,51%.

As adversidades provocadas pelo fenômeno La Niña às lavouras de grãos da América do Sul, sobretudo na Argentina e no Brasil, vêm oferecendo sustentação às cotações internacionais de commodities como milho, soja e trigo desde meados de dezembro. Até então a trajetória era de baixa, aprofundada a partir de setembro com a crise em países desenvolvidos e seus reflexos sobre o comportamento da demanda, inclusive em emergentes, essas commodities passaram a acumular ganhos desde então.

As autoridades do México estão dispostas a começar a estudar a entrada de carne ovina com osso do Uruguai. O chanceler, Luiz Almagro, e o presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Luis Alfredo Fratti, acompanhados de vários representantes empresariais, estão finalizando uma missão comercial no México.

As autoridades mexicanas confirmaram o envio de uma nova missão no Uruguai para destravar a entrada de carne ovina desossada e maturada. Os inspetores buscarão comprovar no Uruguai que a situação sanitária informada em seus documentos são cumpridas com rigor. Esse passo faz parte da chamada análise de risco, a instância técnica mais importante antes da abertura do mercado.

As autoridades sanitárias da Rússia enviaram uma nota ao Ministério da Agricultura e Pecuária do Uruguai confirmando que existem muito boas condições para a habilitação da entrada de carne ovina com osso a este mercado.

As baixas cotações do milho em 2013 podem influenciar o recuo na produção brasileira do cereal no próximo ano. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a produção brasileira caia entre 1,7% e 3,2%, com volumes próximos a 79 milhões de toneladas na safra 2013/2014. Os principais produtores nacionais, Paraná e Mato Grosso, influenciarão neste recuo.

As boas margens projetadas para a nova safra nacional de grãos, fibras e cereais devem elevar a renda dos produtores, aumentar os investimentos no setor rural e reduzir o endividamento no campo. "O cenário é positivo, mas depende de análises individuais", diz o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Vaz. "No Centro-Oeste, os mais capitalizados vão investir e os mais endividados vão pagar. No Sul, quem não for afetado pela seca fará o mesmo. Se perder até 15% ou 20%, o preço vai compensar eventual quebra".

As bolsas de commodities agrícolas voltaram a atrair a atenção dos investidores, que aproveitaram a forte queda de preços nas últimas semanas para comprar ativos mais baratos. As matérias-primas também acompanharam o bom humor dos mercados financeiros, que foram influenciados pela expectativa de recapitalização dos bancos europeus. Trigo e milho foram os destaques do dia. Na Bolsa de Chicago, o contrato dezembro do trigo avançou 3,52%, para US$ 6,2525 por bushel. A mesma posição do milho subiu 3,02%, a US$ 6,0550 por bushel.

As commodities agrícolas registraram fortes quedas nas Bolsas de Chicago e de Nova York, acompanhando o pânico que tomou conta do mercado internacional, ontem. Bolsas de ações, petróleo e metais também cederam sob o temor de recessão em algumas das maiores economias do globo. Medidas anticrise tomadas pelos bancos centrais do Japão e Europeu reforçaram o nervosismo dos investidores, que fugiram do risco. Tais medidas fizeram o dólar disparar, movimento que sempre pressiona as cotações das commodities negociadas nessa moeda.

As commodities agrícolas terão pela frente uma década de preços elevados e grande volatilidade no mercado internacional, e o Brasil será um dos países mais beneficiados nesse cenário. É o que prevê um amplo estudo conjunto da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que será apresentado na sexta-feira em Paris, ao qual o Valor teve acesso.

As commodities agrícolas tiveram em setembro, até o fechamento de ontem (29), o pior desempenho desde o ápice de crise financeira detonada pela quebra do banco Lehman Brothers, em 2008. Segundo o Valor Data, os contratos futuros de segunda posição - geralmente, os de maior liquidez - recuaram em sete dos dez mercados monitorados, considerando-se os preços médios praticados.

As commodities enfrentarão um teste de confiança em 2012. Os fundamentos que sustentaram esses ativos nos últimos anos, ou seja, o forte crescimento nos países emergentes aliado à demanda estável nos países desenvolvidos estão sendo pressionados pela crise da zona do euro e por sinais de desaceleração na China.

As condições comerciais muito difíceis para a carne de cordeiro da Nova Zelândia no mercado da União Europeia (UE) continuam fazendo o produto ser enviado a outros mercados, aumentando a competição aos envios da Austrália, especialmente no Oriente Médio e na China. Para junho, as exportações de carne de cordeiro neozelandesa totalizaram 24.616 toneladas, 4% a mais que no ano anterior, apesar da contração de 21% ao seu maior mercado, a UE, para 8.319 toneladas, de acordo com dados do Beef + Lamb New Zealand.

As condições positivas de mercado para a indústria australiana de carne ovina deverão continuar pelo resto de 2011 e depois disso. As ofertas aumentarão, mas continuarão estreitas, à medida que os rebanhos ovinos são reconstruídos mais rápido do que se esperava. O economista chefe do Meat and Livestock Australia (MLA), Tim McRae, disse que os preços historicamente altos da carne de cordeiro vistos no começo de 2011 estavam retornando para um nível mais sustentável para toda a indústria. "Os preços da carne de cordeiro alcançaram recordes no primeiro trimestre do ano, devido em grande parte aos mercados afetados pelas chuvas. Entretanto, embora se mantenham favoráveis em uma base histórica, os preços agora voltarão a níveis mais sustentáveis que são viáveis para toda a cadeia de fornecimento".

As cooperativas espanholas, Cordesur, de Andalucía, e Oviso, de Extremadura, selaram um acordo pelo qual constituíram uma entidade de maior grau criando o primeiro grupo cooperativo comercializador de ovinos europeu sob a denominação Eagroup. Isso foi confirmado por Rafael Crespo, gerente da cooperativa de segundo grau, Corderos del Sur SCAI (Cordesur), que concentra a comercialização de ovinos das cooperativas Covap (Los Pedroches), San Miguel (Villanueva de Córdoba), Dehesas Cordobesas (Hinojosa del Duque), Ovipor (Huelva) e Corsevilla (Sevilla).

As cotações da soja subiram no mercado interno em novembro, na comparação com o mês anterior, sustentadas pelo atraso no plantio da safra 2014/2015. Foram fechados negócios isolados, com a saca de 60 quilos sendo vendida a R$ 64,64, na média [...]

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