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A sanidade animal sempre foi importante e estratégica para qualquer país, principalmente para aqueles que, como o Brasil, são líderes na produção de alimentos. As notícias da incidência de surtos de febre aftosa, mal da vaca louca e gripe aviária, causando prejuízos ao comércio mundial e preocupação à saúde pública, intensificam a importância pelo tema sanidade animal.

O Coordenador Substituto do setor de Produção Integrada da Cadeia da Pecuária, do Ministério da Agricultura, Felipe Correa, e o presidente da ARCO, Paulo Schwab, estiveram reunidos em Brasília, para conversarem sobre uma nova determinação que o MAPA quer adotar. A proposta pretende proibir a participação de animais que não tenham status sanitários semelhantes.

Os preços dos cordeiros do Reino Unido têm sido bastante afetados pelos contínuos distúrbios causados pela febre aftosa, à medida que o mercado doméstico se esforça para absorver grandes números de carcaças que seriam exportadas, informou reportagem do site Farmers Weekly Interactive.

Os produtores britânicos de ovinos perderão quase 2 milhões de libras esterlinas (US$ 3,99 milhões) com o cancelamento das vendas do maior mercado público de cordeiro da Grã-Bretanha devido à febre aftosa. O leilão de dois dias no Hawes Auction Mart, em North Yorkshire, Inglaterra, deveria ter sido feito nesta semana, mas foi suspenso até que as últimas restrições sejam retiradas.

A proibição às exportações de cordeiro imposta como resultado de um foco de febre aftosa no Reino Unido levará a menores preços e ameaças aos produtores de ovinos britânicos, que já passam por um momento de dificuldade. O foco confirmado da doença tem resultado em uma barreira automática a todas as exportações de carnes vermelhas da Grã-Bretanha que não será removida dentro de três meses a partir do último caso notificado.

Após o desenvolvimento de um sistema de rastreabilidade em bovinos, o Uruguai agora começa uma experiência única na América do Sul de rastreabilidade de ovinos. A incorporação da rastreabilidade ovina se desenvolve em um projeto dedicado a produzir lã superfina, com orientação à lã ultrafina, com componentes genéticos próprios da qualidade do produto.

A 19ª Fenagro, realizada na Bahia, começou há uma semana e apresentou aumento na participação de caprinos e ovinos. O volume desses animais quase triplicou. A organização anunciou que cerca de 3 mil cabeças estarão expostas nas baias do parque.

A possibilidade de participar de feiras e exposições em todo o Brasil, graças à mudança do status para área de risco médio para aftosa, valorizou o rebanho de caprinos e ovinos de Pernambuco.

De acordo com o diretor dos Serviços Pecuários, Francisco Muzio, o Comitê europeu disse que o trabalho era muito bom e que demonstrava esforço dos serviços sanitários, mas que, no momento, não haveria mudanças na política. "Não importarão carne de um país que vacine contra a febre aftosa", disse ele.

Considerando que a Argentina poderia exportar mais, o que geraria renda adicional ao país, e que os principais competidores como Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Uruguai, estão tendo diversos problemas com seus rebanhos, o país tem a oportunidade de impulsionar a produção e aumentar sua participação no mercado mundial, alcançando uma maior relevância como país abastecedor de carne e lã ovina.

Em uma oportunidade rara, na semana passada, os atributos de qualidade e segurança das carnes bovina e de cordeiro da Austrália foram apresentados aos representantes seniores do Governo da China, líderes da indústria alimentícia e mídia global em um evento referente aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008

Uma fazenda no condado de Surrey, a oeste de Londres, foi isolada depois de ter sido constatada a infecção de animais por febre aftosa na sexta-feira. O governo britânico criou uma zona de exclusão de três quilômetros e uma de vigilância de 10 quilômetros na área que circunda a fazenda. Além disso, o comércio e o transporte de suínos, ovinos e bovinos foi suspenso em todo o país.

O vice-veterinário chefe do Departamento para Meio-Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (DEFRA) do Reino Unido, Fred Landeg, confirmou que o vírus da doença da língua azul está circulando nos animais e na população de mosquitos do país. Ele disse que isso significa que o Reino Unido está agora sujeito a uma epidemia da doença e controles mais rígido dos movimentos entrariam em vigor, incluindo a implementação de uma zona de controle de 150 km.

Mal saído do status de risco desconhecido para risco médio, no final do ano passado, Pernambuco já convive com as cobranças de produtores de ovinos e caprinos, que querem nova mudança de status sanitário com relação à aftosa.

Matéria publicada no O Estado de S. Paulo denuncia a precariedade dos postos de vigilância sanitária na divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. No MS, apesar de todo o perigo de contaminação da aftosa, a vigilância sanitária trabalha precariamente.

Os produtores de ovinos da Nova Zelândia, após um dos períodos mais difíceis dos últimos anos, especialmente durante o último trimestre de 2007, estão agora passando por uma fase de recuperação.

Sem governo não vai dar

postado em 16/01/2008

Temas como problemas sanitários, rastreabilidade, biotecnologia, têm patrocinado o início dos sistemas de certificação cada vez mais em moda nos dias de hoje e, mais recentemente, a emergência do tema da sustentabilidade, estão tornando o comércio internacional de alimentos e commodities agropecuárias complexo e pautado por procedimentos e padrões negociados de forma bilateral e com frágeis inter-relações com as regras multilaterais do comércio. Essa é uma das razões por que tenho defendido que as negociações da Rodada de Doha, nessa perspectiva, tratam de temas do passado e não tocam naqueles que estão, atualmente, na vanguarda das distorções no comércio. Não nos ajuda o fato de esse intenso movimento de certificações complexas não ser acompanhado por regras multilaterais que disciplinem a sua emergência. Embora as exigências caiam sobre os agentes privados, a confiança nos sistemas depende da chancela dos governos.

O Peru suspendeu por 180 dias a importação de carnes de bovinos, ovinos e suínos procedentes da Grã-Bretanha. O motivo foi o aparecimento de um foco de febre aftosa. A proibição abrange também animais vivos dessas espécies, as lãs sem lavar, feno e outros produtos de risco, para evitar a proliferação do vírus.

Os serviços sanitários uruguaios já enviaram à União Européia (UE) o dossiê com a documentação necessária para começar a negociar a entrada de carne ovina com osso a este mercado. Até hoje, a UE é um dos principais compradores de carne ovina - o outro é o Brasil -, mas o produto uruguaio só é enviado desossado e maturado, requisito imposto pelos europeus para se proteger contra a entrada do vírus da febre aftosa.

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