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A Nova Zelândia tem sido tradicionalmente um dos principais comerciantes no mercado internacional de carne de cordeiro, exportando mais de 100 mil toneladas por ano para a União Européia (UE) dentro de um acordo de cotas estabelecido há muito tempo. Entretanto, agora parece provável, de acordo com dados do Meat and Wool New Zealand (MWNZ) que os produtores e abatedouros neozelandeses não serão capazes de cumprir com sua cota.

A partir de segunda-feira (17) começam a valer três novas regras para conter a queda do dólar: eliminação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% cobrado dos exportadores, fim da cobertura cambial e início da cobrança de 1,5% de IOF sobre o capital estrangeiro investido em renda fixa e títulos públicos. As medidas foram anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após reunião no Conselho Monetário Nacional (CMN), mas especialistas não acreditam na valorização do dólar.

A recente desvalorização do real será positiva para os produtores de commodities agrícolas do Brasil, apesar do aumento dos custos decorrentes de insumos atrelados ao dólar e do ambiente de preços internacionais em curva descendente.

A trajetória de alta percorrida pelas cotações das terras brasileiras agricultáveis foi invertida nos últimos dois meses de 2008. De acordo com levantamento da consultoria AgraFNP, a desvalorização média foi de 0,25%.

A valorização do câmbio praticamente anulou a alta das commodities agrícolas no mercado internacional ao longo da última década. Segundo levantamento elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), a pedido do Valor, os preços em reais dos produtos exportados pelo agronegócio brasileiro - o que o Cepea chama de índice de atratividade - subiram apenas 5% de 2000 até o primeiro semestre de 2011, enquanto os preços em dólares aumentaram 128,3%. Nesse período, o real acumulou uma valorização de 54%.

Em 2011, o Produto Interno Bruto do agronegócio brasileiro estimado pelo Cepea, da Esalq/USP, com o apoio financeiro da CNA, cresceu o dobro do PIB nacional calculado pelo IBGE. Enquanto o agronegócio avançou 5,73% (a preços reais), totalizando R$ 942 bilhões (em reais de 2011, ou seja, descontada a inflação), a economia como um todo se expandiu 2,7%, indo para R$ 4,143 trilhões, segundo o IBGE. Com isso, a participação do agronegócio no PIB nacional aumentou de 21,78% em 2010 para 22,74% em 2011.

O leitor do FarmPoint Daniel Braga, de São Bento do Una/PE, enviou uma carta questionando o valor pago hoje pelo leite caprino. Ele ressalta que na sua região, há uma desvalorização do produto e que não há associações de criadores. Acesse e veja o material na íntegra!

No final de maio, o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, apresentou a palestra "Cenários da macroeconomia e o agronegócio", no Seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2011 e 2012, organizado pela BM&FBovespa. Ele acredita que o crescimento mundial deverá ser da ordem de 4,0% ao ano e para o Brasil a hipótese mais provável é um crescimento por volta de 4,5% a.a. "Nesse cenário o setor produtor de commodities está se saindo bem, pois os preços internacionais estão em alta".

No dia 26/05, a AgriPoint esteve presente no Seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2011 e 2012, promovido pela BM&F Bovespa e pelo Ministério da Agricultura em São Paulo/SP. A palestra "O mercado mundial de commodities" foi proferida por André Souto Maior Pessôa da Agroconsult e teve como debatedor André Nassar, do Icone. Os temas mais discutidos da palestra foram oferta e demanda de alimentos, aumento do consumo de produtos de origem animal e desafios do Brasil, dos produtores e do setor. Confira o resumo da palestra!

Manipulação inútil

postado em 09/10/2012

Artigo lança mão de polêmica em torno de suposta manipulação de dados oficiais da inflação argentina para argumentar que fenômenos típicos de mercado não podem ser alvos de estatísticas forjadas por governos e suas instituições representativas. O motivo: suas existências se devem à própria convivência das pessoas e sua aderência às contingências do mercado. Por Sylvia Saes e Bruno Miranda

Os preços do petróleo caíram mais de US$ 2 ontem, sob efeito de previsões de queda mais forte da economia global feita pelo Banco Mundial. A possibilidade de uma recessão mais profunda do que era previsto até março reforçou as preocupações dos agentes do mercado em relação a demanda pelo produto.

No mercado de lã, o gigante da industrialização é a China, seguida pela Europa Oriental. Neste cenário, a Argentina ficou bem posicionada depois da desvalorização do peso e a partir de reembolsos por exportação através de determinados portos e de investimentos.

Nas fazendas da principal província produtora de lã da Argentina, Chubut, os ovinos estão morrendo de fome. A seca está provocando estragos no solo da região patagônia - na região central não chove por 12 meses; na região sul, a chuva acumulada em um ano é de 40 milímetros, quando o normal é de 120; enquanto no leste, a última chuva caiu em março.

As commodities agrícolas tiveram em setembro, até o fechamento de ontem (29), o pior desempenho desde o ápice de crise financeira detonada pela quebra do banco Lehman Brothers, em 2008. Segundo o Valor Data, os contratos futuros de segunda posição - geralmente, os de maior liquidez - recuaram em sete dos dez mercados monitorados, considerando-se os preços médios praticados.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia durante o mês de agosto aumentaram em 4% com relação ao ano anterior, para 22,292 mil toneladas, à medida que as condições de seca continuam aumentando os abates e a produção de carne ovina, de acordo com dados do Meat and Wool New, publicados pelo Meat and Livestock Australia (MLA).

As incertezas financeiras globais continuam se refletindo nos preços da lã na Austrália. O diretor executivo do National Council of Wool Selling Brokers, Chris Wilcox, esteve em Nova York no começo do mês durante o congresso anual da Organização Internacional de Lã Têxtil. Ele disse que as condições comerciais estão difíceis para lã e também para outros produtos.

As taxas de abate de ovinos da Austrália deverão ser menores no ano fiscal de 2008-09, à medida que vários anos de seca e intenções de reconstrução de rebanhos impactaram nos níveis de abate. De acordo com a edição de dezembro da Agência Australiana de Agricultura e Recursos Econômicos (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics - ABARE), os abates de cordeiros e carneiros cairão em 6,7% e 6,1%, respectivamente.

Em meio a sombrias previsões para a economia mundial e, em particular, para as economias de muitos dos principais mercados consumidores de vestimentas de lã, o Banco ANZ publicou novas previsões que são relativamente mais positivas para os preços da lã. Suas previsões se baseiam em uma desvalorização do dólar australiano frente ao dólar americano.

Os preços da carne de cordeiro nos quatro meses de abertura de 2012 ficaram abaixo dos preços do mesmo período de 2011, com o período do meio de fevereiro até o começo de maio registrando preços 20-30% menores. Entretanto, deve-se ter em conta que os preços no começo de 2011 ultrapassaram os níveis recordes anteriores. Os preços recordes em 2011 foram principalmente resultado do primeiro ano completo de boas condições de produção, estimulando maiores compras de cordeiros e ovinos para terminação ou reabastecimento.

Durante as operações de ontem, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 1,699. Fechou a R$ 1,701, após recuar 1,05%. Essa é a menor cotação desde o R$ 1,70 cravado em 15 de outubro, quando a moeda foi negociada no preço mais baixo desde setembro de 2008. No mês, o dólar acumula desvalorização de 3,19%. Em 2009, a moeda americana tem perdas de 27,12% diante do real.

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