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Foi encerrada no dia 15/01 a enquete a respeito de como podemos aumentar a demanda de carne ovina no Brasil. Vários leitores participaram deixando suas opiniões que foram compiladas e publicadas no dia 21/01. Grande parte dos comentários foi sobre a ausência de marketing na cadeia da ovinocaprinocultura. Os leitores acreditam que o marketing seria uma das ferramentas mais eficientes para aumentar a demanda dos produtos. O FarmPoint reuniu algumas fotos e vídeos de campanhas publicitárias realizadas com sucesso em outros países, para que os leitores conheçam a divulgação dos produtos no mercado internacional e deem sua opinião.

Durante a década de 1990, o rebanho ovino mundial experimentou um processo ininterrupto de redução de seu efetivo, como uma conseqüência da crise que acometeu o mercado mundial da lã e em decorrência, também, dos surtos de Encefalopatia Espongiforme Bovina e Febre Aftosa que atingiram a Europa, especialmente o Reino Unido, até 2002.

Tendo como referência os dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a população mundial de ovinos, após uma acentuada retração de 14,9 pontos percentuais ao longo do período de 1990-2002, fechou 2010 com um efetivo estabilizado de 1,084 bilhões de cabeças, após um incremento de 7,8% entre 2002 e 2007. Após uma rápida queda de 2,1% entre 2007 e 2009, o rebanho mundial manteve-se estável no curto prazo, em função, principalmente, do crescimento dos efetivos nas economias emergentes e em desenvolvimento, as quais, não fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD).

A australiana Wool Carbon Alliance (WCA) resolveu reconhecer o papel dos ovinos no ciclo natural do carbono. O presidente da WCA, Chick Olsson, disse que os consumidores devem ser estimulados a repensar suas visões sobre os ovinos e os gases de efeito estufa. Embora o clima possa estar mudando, é necessário entender que os ovinos são parte da solução e não parte do problema.

Apesar de os preços do petróleo terem aumentado nos primeiros meses do ano, o mercado de lã não registrou nenhum ganho significativo. Entretanto, a crescente demanda pelos processadores chineses deverá ajudar a aumentar o mercado.

Os preços da lã da Austrália atingiram seus níveis mais altos dos últimos 20 anos. Após uma semana excepcional para o mercado, o Indicador de Mercados Orientais (EMI) da Austrália aumentou 69 centavos, para US$ 9,95 por quilo, a maior taxa já atingida. Em termos de dólares australianos, o EMI fechou na semana passada em A$ 9,90 (US$ 9,93) por quilo limpo, 41 centavos (41,12 centavos de dólar) por quilo a mais que a última venda feita em 28 de outubro.

Este artigo faz parte do Estudo de Mercado Externo de Produtos e Derivados da Ovinocaprinocultura da editora Méritos. Este trabalho foi viabilizado pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Sistema Agroindustrial, cuja gestão cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC. O FarmPoint está publicando trechos deste trabalho começando pelo seguinte capítulo: Perfil dos Países Exportadores, e a segunda análise publicada é sobre a Austrália. A Austrália tem características diferentes em relação à Nova Zelândia, mas também é exportador importante de carne bovina, carne ovina e de lã, além de ser o principal exportador de carne caprina, apesar de seu rebanho desta espécie não ser grande. É uma característica fundamental da Austrália a existência de extensas áreas áridas e semiáridas. A lã tem importância crucial para o país, que é responsável por 30% da produção mundial e têm sua qualidade de fibra reconhecida pela indústria em todos os países.

A indústria de lã australiana está intensificando os esforços para impulsionar seus negócios na China. Recentemente, a Austrália fez algumas visitas (varejistas, marcas e designers chineses) e pretende lançar a maior promoção de lã já realizada.

A demanda se mantém estável, sustentada por um bom desempenho das principais economias do mundo, enquanto a oferta não tem crescido. Por outro lado, os elevados preços do petróleo têm melhorado a relação da fibra com o sintético, fator que também influenciou nos fortes aumentos ocorridos neste ano.

A tosquia tally-hi, que permite a esquila pré-parto de ovelhas de uma forma mais rápida que o método tradicional e aumenta o conforto e a produtividade dos animais, já faz parte da rotina de 15 pequenos agricultores da região de São Gabriel, no Rio Grande do Sul. A técnica, que coloca o exemplar em nove posições, permite a tosa em aproximadamente seis minutos, cerca de quatro vezes mais rápida do que o método antigo, no qual a lã da ovelha é retirada com tesouras e o animal tem de ser amarrado.

Acreditamos que uma das lições mais importantes que podemos tirar destes três trabalhos é que a ciência pode (e deve!) contribuir para a melhor compreensão e consequente melhor aproveitamento dos mercados e meios produtivos. Neste contexto, podemos encontrar cada vez mais pesquisas relacionadas ao funcionamento da cadeia da lã ovina, com o objetivo de fornecer subsídios para uma revitalização desta indústria, tão importante economicamente e socialmente em nosso país. Devemos também ter a mente aberta para possíveis alternativas para a produção, processamento e industrialização da lã, assim como para a influência de fatores externos (e fora do nosso controle) sobre estes processos. Desta forma, uma visão holística é cada vez mais importante para a compreensão dos mercados e para a detecção de oportunidades.

O médico veterinário e sócio da AllStock Brasil Genética, Pedro Nacib Jorge Neto, de Itapira, São Paulo, enviou um comentário ao artigo "Firmes no caminho errado ". Acesse e leia a carta na íntegra.

A demanda global e local por carne de cordeiro tem garantido que as previsões para a indústria australiana de carne de cordeiro continuem promissoras, de acordo com o Meat and Livestock Australia (MLA).

O severo impacto da seca nas fazendas australianas foi confirmado pelos dados agrícolas de 2006-07 divulgados pelo Australian Bureau of Statistics (ABS). O relatório mostra que os números de ovinos e cordeiros da Austrália caíram para seu mais baixo nível em 84 anos, desde 1924, enquanto as principais colheitas caíram para menos da metade da produção.

Os preços da lã na Austrália permanecerão fortes em 2008/09 devido ao balanço apertado entre demanda e oferta, informou a Agência Australiana de Agricultura e Recursos Econômicos (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics - ABARE).

O aumento nos preços do algodão não significa que os preços da fibra rival, a lã, aumentarão - em parte devido às dúvidas da duração do aumento no preço, mas também, graças a certo enfraquecimento nos fundamentos do mercado de lã.

A demanda de lã começou a mostrar alguns sinais de recuperação em março de 2009, considerando o sustentado crescimento interno chinês no setor varejista e a diminuição dos estoques de matéria-prima. Isso fez com que entre março e maio passados, o IME, em termos de dólares australianos, se recuperasse em 15%.

A demanda por carne ovina fresca da Austrália no Oriente Médio está resistindo à recessão, de acordo com o gerente de serviços animais na região do Meat and Livestock Australia (MLA), Peter Dundon. Ele descreveu a demanda por carne fresca da região como "insaciável".

A demanda por lã Merino australiana na China está aumentando graças ao interesse crescente dos consumidores pela proveniência dos materiais usados para fazer suas roupas. "Os consumidores chineses estão agora mostrando interesse real em ingredientes de marca", disse o diretor estratégico e de marketing da Woolmark Company, Rob Langtry. "Isso significa não apenas o próprio vestuário e o estilo dele, mas a história por trás dele - como o tecido é feito, de onde vem a fibra e o que a torna especial".

A indústria de lã da Austrália está novamente sofrendo pressão para abandonar a técnica cirúrgica denominada "mulesing", que visa prevenir a ocorrência de miíases. O procedimento, considerado muito doloroso, consiste em caudectomia e envolve a remoção da pele com rugas da região perianal e da cauda a fim de tensionar e ampliar a área sem lã. A pressão está sendo feita por alguns gigantes do setor de varejo do mundo.

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