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As commodities agrícolas tiveram em setembro, até o fechamento de ontem (29), o pior desempenho desde o ápice de crise financeira detonada pela quebra do banco Lehman Brothers, em 2008. Segundo o Valor Data, os contratos futuros de segunda posição - geralmente, os de maior liquidez - recuaram em sete dos dez mercados monitorados, considerando-se os preços médios praticados.

Commodities despencam nos EUA

postado em 24/11/2011

As cotações das commodities agrícolas não resistiram a mais um dia de más notícias para a economia europeia e, pressionadas por seus reflexos, inclusive a valorização do dólar, despencaram ontem nas principais bolsas americanas, principais referências para o comércio global.

Com fundamentos de oferta e demanda em geral "altistas" para boa parte dos produtos agrícolas referenciados nas bolsas de Chicago (milho, soja e trigo) e Nova York (açúcar, café, cacau, suco de laranja e algodão), cotações descendentes de setembro a dezembro ou janeiro reagiram e deixaram como saldo um primeiro semestre de patamares de preços elevados, ainda que menores que os observados em igual intervalo de 2008.

As eleições para um candidato à direção-geral da FAO, o braço das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, estão previstas para 2011. O Brasil deveria aproveitar sua posição de destaque no tabuleiro agrícola global e apresentar um candidato. A posição foi defendida por ex-ministros da Agricultura do país durante evento de lançamento do World Agricultural Forum (WAF), ontem (13) em São Paulo.

A demanda global muito forte por carne caprina tem ajudado a impulsionar o aumento nas exportações de carne caprina australiana nos últimos anos, assistidas pelo declínio nas ofertas disponíveis de carne de cordeiro e de carneiro. Adicionalmente, a oferta muito escassa de ovinos adultos e cordeiros para processamento tem levado muitos abatedouros que abatem várias espécies a buscar caprinos para manter o rendimento.

As exportações de carne de cordeiro da Austrália durante o mês de agosto aumentaram 13% com relação ao ano anterior, para 15.978 toneladas, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura. Embora esse volume seja 1% menor do que o volume exportado em julho, as exportações totais de janeiro a agosto de 2012 permaneceram 17% maiores do que no mesmo período de 2011, em 120.831 toneladas - apoiadas principalmente pela maior produção.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia aumentaram 4% com relação ao ano anterior durante o primeiro trimestre de 2012, para 78.727 toneladas, de acordo com dados do New Zealand Meat Board, principalmente como resultado de uma maior produção durante o trimestre para o comércio desse produto na Páscoa, que ocorreu mais cedo esse ano.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia para 2011-12 (outubro de 2011 a setembro de 2012) permaneceram relativamente estáveis com relação à estação de 2010-11, caindo apenas 1%, ou 2.313 toneladas, para 263.577 toneladas, de acordo com dados do Beef + Lamb NZ.

As extensivas condições de seca que acometeram a Austrália reduziram o rebanho ovino e a produtividade nos últimos anos, resultando em uma queda estimada de 50% no faturamento das fazendas proveniente da indústria de abates de cordeiros em 2006-07.

Doha light ou Doha adiada?

postado em 03/08/2006

Os produtores de cordeiros da Austrália podem esperar receber preços fortes nos próximos anos, embora o rebanho nacional deva reduzir. Essas previsões fazem parte das Projeções da Indústria Ovina 2008 do Meat and Livestock Australia (MLA), recém divulgadas. O relatório do MLA também nota que um declínio no rebanho de cria, o aumento nas dívidas rurais e nos custos deverão limitar a expansão da indústria de cordeiros nos próximos cinco anos.

O governo Dilma Rousseff precisa encontrar um arranjo de política econômica que permita ao mesmo tempo ajustar o ritmo de crescimento da demanda - hoje "um pouco excitada" - e enfrentar a questão do câmbio valorizado, que desarticula cadeias produtivas inteiras, diz o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp e da Facamp. Para ele, é necessário, de fato, controlar as despesas correntes e elevar o superávit primário, para que se consiga executar uma política fiscal anticíclica, "exatamente para não exigir depois do Banco Central uma ação mais enérgica".

Os altos preços de alimentos impõem uma grande ameaça à estabilidade econômica e social, mas os responsáveis por programas políticos não devem regular excessivamente os mercados de commodities, disse uma autoridade do Banco Mundial nesta quinta-feira (27).

O anuário lançado ontem pelo Mapa aponta que o Brasil aumentou sua participação no mercado internacional de produtos agropecuários de 2,8% para 3,9% nos últimos quatro anos.

Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) indicam que o Brasil tem apresentado desempenho bem acima da média mundial em suas vendas. A alta nos preços das commodities permitiu que o país registrasse taxa de crescimento em 2008 acima dos índices da China, pela primeira vez em décadas.

País formalizou candidatura à direção de organismo da ONU, sem ainda indicar nome. Segundo fontes do governo, presidente seria praticamente imbatível.

O crescimento da agropecuária brasileira, no período de 1975 a 2008, foi impulsionado principalmente pela produtividade. As inovações tecnológicas decorrentes da pesquisa foram o principal fator, que contribuiu para esse resultado do setor primário e colocou o País em posição de destaque diante dos seus competidores internacionais na produção de alimentos. As informações constam do estudo elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Ontem, em reunião em Montevidéu, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, foi enfático a empresários brasileiros e uruguaios: o Brasil não faz acordos bilaterais sem a participação do Mercosul.

O governo brasileiro quer chegar à reunião do Grupo das 20 nações maiores economias do mundo (G-20), no final de junho, com uma posição unificada dos países da América do Sul contra o controle dos preços e mercados de commodities agrícolas. A proposta será apresentada aos ministros de Agricultura da região pelo secretário de Política Agrícola, Edilson Guimarães, hoje, em Buenos Aires, durante a 20ª Reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS).

O número de projetos brasileiros certificados para vender créditos de carbono caiu em 2011 depois de uma leve recuperação em 2010. Foram registrados pela Organização das Nações Unidas (ONU) apenas 14 projetos de redução de emissões no ano passado, frente a 20 em 2010. Assim como o número de projetos desenvolvidos, também caiu o preço dos créditos de carbono.

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