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Desde janeiro deste ano, o FarmPoint está realizando a cotação mensal do preço do cordeiro. O objetivo inicial é coletar informações com agentes de mercado de alguns Estados, de modo a estabelecer um entendimento claro de como está funcionando a ovinocultura e futuramente, elaborar artigos com análises e tendências. Este conteúdo é inédito, as perspectivas são de crescimento e uma das metas é coletar informações de outros Estados que ainda não estão incluídos na nossa pesquisa. Esta é a 5ª Cotação Mensal do Preço do Cordeiro realizada pelo FarmPoint, com 18 estados participantes. Acesse e confira!

A primeira década do presente século foi notória e altamente favorável à carne ovina em função de um ambiente comercial constituído pela associação de uma limitada oferta e uma elevada demanda, proporcionando aos produtos cárneos ovinos um ciclo de valorização que tem se perpetuado por quase 10 anos. O ano de 2011 promete novos recordes de preços, e que isso se reflita também em níveis recordes de produção, para o bem de todo o sistema agroindustrial da carne ovina.

Nos meses de julho e agosto deste ano, a importação de carne ovina uruguaia pelo Brasil apresentou queda comparado ao mesmo período do ano passado. Em 2007, nos meses de julho e agosto, o Brasil importou 1,03 mil ton de carne ovina. Já em 2008, o Brasil importou 0,84 mil ton (queda de 17,94%). Em 2009, houve um aumento de 15,74% de carne importada, totalizando 0,98 mil ton. Neste ano, a queda foi mais acentuada (19,09%), o equivalente a 0,78 mil ton.

Neste mês, optamos por discutir um artigo sobre o conceito de qualidade de carne de cordeiro. O interessante é que os autores compararam os parâmetros de qualidade considerados pelos dois extremos da cadeia: o produtor e o consumidor, e verificaram que há pontos de concordância e de divergência entre o pensamento destes segmentos. O trabalho é intitulado "Aspects of quality related to the consumption and production of lamb meat: Consumers versus producers", e foi publicado na revista Meat Science em abril deste ano. Seu objetivo foi identificar e comparar as diferentes avaliações feitas por produtores e consumidores de carne ovina, em relação aos parâmetros utilizados no momento da compra da carne e aos fatores que afetam a produção de carne de cordeiro de qualidade.

O rebanho total ovino na UE continuou se contraindo em 2011 (-1,3%), principalmente devido à redução significante na Espanha (-8%). O número de caprinos seguiu a mesma tendência, com um declínio de 2,9%. Contudo, a produção de carne ovina e caprina na UE deverá se manter estável em 2012 e declinar 1,5% em 2013.

Quando se compara preços de importação e exportação, deve-se lembrar que os países que exportam informam o preço com base FOB (free on board - livre à bordo, em inglês), no porto de origem da mercadoria. Já os países importadores informam o preço com base CIF (cost, insurance and freight - custo, seguro e frete, em inglês), no porto de chegada da mercadoria. Para fins de comparação, será demonstrado o preço comparativo da carcaça ovina nos diferentes países, com exceção da China, que não importou carcaças em 2008 e, neste caso, está sendo considerado o preço da carne com osso.

O entrevistado do Especial Associações desta semana é Carlos Ely Garcia Jr., presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ile de France e criador de ovinos. Na entrevista, Carlos destaca que "a visão da ABCIF é que a raça Ile de France é uma das que mais podem contribuir para o desenvolvimento da produção de cordeiros, com carcaças precoces e carne de alta qualidade." Na entrevista, Carlos também fala sobre as vantagens do associativismo para a ovinocultura, a retomada da atividade no país e os serviços que a ABCIF presta aos seus associados.

O engenheiro agrônomo, produtor e instrutor do SENAR/MT Giorgi Kuyumtzief, de Tangará da Serra, Mato Grosso, enviou um comentário ao artigo "Preço do cordeiro: opinião de produtores e indústria ". Acesse e leia a carta na íntegra.

Os não-componentes da carcaça ovina são definidos como os constituintes do corpo vazio, ou seja, o conjunto de órgãos, vísceras e outros subprodutos obtidos após o abate dos animais. Os constituintes como pele, trato gastrintestinal, fígado, coração, rins e gordura interna são os principais não-componentes e os que têm maior valor econômico.

Um grupo de corretores arrendou uma planta do frigorífico Caltes S.A., em Paso de los Toros para industrializar carne ovina com o objetivo de exportar com a marca Savor Foods aos mercados do Oriente Médio e do Brasil.

O doutorando da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnica (FMVZ) da Unesp de Botucatu, Hélio de Almeida Ricardo, enviou um comentário ao artigo "Qual é o elo da cadeia produtiva ovina que atualmente demanda maior atenção". Acesse, leia a carta na íntegra e deixe a sua opinião sobre o assunto!

No dia 05/11, o FarmPoint perguntou aos leitores: qual é a imagem da carne ovina hoje para o mercado consumidor? Acesse e confira os comentários de destaque!

O Secretariado Uruguaio de Lã (SUL) fez uma experiência de irrigação de pastagens na produção ovina em seu campo de Cerro Colorado que possibilitou duplicar a produção de carne e matéria seca por hectare frente a estabelecimentos não irrigados.

No artigo de Daniel de Araújo Souza, "O mercado doméstico da carne ovina em 2012", a leitora e médica veterinária Tacia Gomes Bergstein questionou sobre a queda na produção de ovinos. "Daniel, gostaria de saber se você arrisca alguma explicação para a retração de produção ovina sendo que, de modo geral, o preço ainda apresenta alta". Acesse e veja a resposta!

Queda na oferta mundial de cordeiros

postado em 07/12/2010

O Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL) divulgou o relatório mensal de carne ovina onde destaca o alto preço do produto. Em matéria de exportações, o Brasil tem sido durante os últimos 15 anos, um dos principais compradores do Uruguai, que destina ao Brasil principalmente os cortes dianteiros com osso.

O mercado mundial de carnes passou a se destacar quando identificou o perfil de exigências de seus consumidores. Com a ovinocaprinocultura não poderia ser diferente, visto que a busca por alimentos com qualidade desafia os setores de produção, industrialização e comercialização, a uma profissionalização, de modo que esses segmentos procurem oferecer produtos diferenciados baseados em qualidade e com características orientadas segundo as preferências do mercado.

Confira um resumo do que foi discutido no painel "Carne Ovina" na 8ª edição da Semana da Caprinocultura e Ovinocultura Brasileiras (Secob) que está sendo realizada pela Embrapa Caprinos e Ovinos.

Além do grande crescimento na quantidade importada, no mês de novembro o Brasil também importou cortes ovinos não habituais como: peças não desossadas de ovinos frescas ou refrigeradas e carcaças e meias carcaças de cordeiros congeladas. Normalmente o país importa peças não desossadas de ovinos congeladas e carnes desossadas de ovinos congeladas. Esse aumento nas importações ocorreu devido o aumento da demanda com a chegada do fim de ano.

2011 foi um ano de um crescimento evidente nos gastos com carne, causados por preços atacadistas que aumentaram consideravelmente mais do que o esperado. O catalisador desses bem vindos aumentos nos preços foi uma combinação de surtos de doenças na Ásia, que causaram reduções na produção e aumentaram a demanda de importação. Esse foi um período em que a situação dos altos custos dos alimentos animais forçou o resto do mundo a ser extremamente conservador e cauteloso em seu planejamento de produção de carne.

Na BA, a oferta de cordeiros está boa, mas há problemas na comercialização. São Paulo e Paraná estão buscando parcerias com outros estados, pois a demanda está forte e não há quantidade suficiente de animais para atendê-la. No RS, a oferta de cordeiros se manteve estável comparado com o mês passado, porém, com tendência de queda. No MS a oferta está boa e no MT há tendência de aumento dos preços. Esta é o 4ª Cotação Mensal do Preço do Cordeiro realizada pelo FarmPoint.

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