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A genética e o produtor de carne

postado em 11/01/2010

Para quem produz carne, pouco importa a cor, a orelha ou a cabeça. O que importa, é se o animal tem uma carcaça boa e se tem capacidade de transmitir essa característica aos seus descendentes, melhorando assim, a qualidade do rebanho existente.

Em 2009, o mercado do cordeiro fechou em valores positivos com relação aos preços praticados e a quantidade de animais abatidos, o que manteve o mercado aquecido e o consumo formal no patamar das 14 mil toneladas, apesar da queda no volume das importações. Com isso, o ano de 2009 foi encerrado com o preço nominal do cordeiro atingindo o valor de 7,11 reais, permitindo que no período 2001-2009 houvesse um crescimento superior a 100% nas cotações de carne ovina. A tendência observada acima têm-se mantido ao longo do primeiro semestre de 2010, com o preço semestral do cordeiro ficando 8,5 pontos percentuais acima do praticado em 2009, sustentando, dessa forma, o ciclo acelerado de alta que o setor tem experimentado nos últimos anos. Contudo, apesar da alta nos preços, o volume de animais abatidos neste primeiro semestre foi 18,2% inferior em relação a 2009, ocasionando uma queda na produção doméstica em função de uma menor oferta de cordeiros de qualidade.

Momento desejado

postado em 16/08/2010

E enfim chegamos ao momento tão sonhado na vida de um produtor de cordeiros. Um mercado ávido para consumir, um preço bem acima das médias históricas e um bom número de compradores batendo nas nossas porteiras a procura do nosso produto. Ah, que maravilha estar vivenciando este momento que tanto desejamos! E porque estamos tendo este momento diferenciado? Porque pela primeira vez vamos ter menor oferta de carne na maior parte dos estados brasileiros, pois o Uruguai que era um fornecedor bem ativo ao longo do ano diminuiu drasticamente o volume de carne enviada para o Brasil. E o mais interessante é que não há perspectivas de um outro fornecedor externo tomar o lugar do Uruguai. O mercado está hoje do jeito que sempre sonhamos, e realmente não creio que possamos mais uma vez, perder uma ótima oportunidade de virarmos a mesa e mudarmos o rumo desta prosa que vem sendo a mesma há muito tempo.

Este mês, o FarmPoint entrevistou Angelo Aguinaga, coordenador de agronegócios do Sebrae/RS. Angelo também é um dos responsáveis pela rodada de negócios de ovinos, que é realizada uma vez por ano e tem apresentado um aumento significativo a cada edição. A sistemática da rodada de ovinos, conforme explica o coordenador, é diferenciada das demais, pois as negociações não são efetivadas na ocasião. "Mostramos aos interessados o que representa esse produto e quais são as suas vantagens; depois desse primeiro momento, os compradores conversam entre si e conhecem as ofertas; feito isso, discutem internamente e só então definem um parceiro para a próxima temporada", conta Aguinaga. Acesse e confira a entrevista!

O entrevistado do Especial Associações desta semana é Carlos Ely Garcia Jr., presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ile de France e criador de ovinos. Na entrevista, Carlos destaca que "a visão da ABCIF é que a raça Ile de France é uma das que mais podem contribuir para o desenvolvimento da produção de cordeiros, com carcaças precoces e carne de alta qualidade." Na entrevista, Carlos também fala sobre as vantagens do associativismo para a ovinocultura, a retomada da atividade no país e os serviços que a ABCIF presta aos seus associados.

Estas são algumas perguntas do fórum de debates do curso online Princípios da nutrição em ovinos e caprinos de corte, respondidas pelo instrutor do curso, Rafael Camargo do Amaral, que é zootecnista, mestre em Ciência Animal e Pastagens e atualmente doutorando em Ciência Animal e Pastagens pela ESALQ-USP.

Pode-se afirmar que a pecuária ovina no Peru tem sido mais afetada por situações políticas, econômicas e sociais ocorridas durante os últimos 30 anos. Até 1968, cerca de 70% da população de ovinos, que era de 15 milhões de cabeças, estava nas mãos de empresas de alto e médio nível tecnológico. No processo de Reforma Agrária, 85% da população ovina nacional passou para as mãos de comunidades e pequenos proprietários, cujos baixos níveis tecnológicos de produção propiciaram uma tendência decrescente da produção de carne.

A proibição às exportações de cordeiro imposta como resultado de um foco de febre aftosa no Reino Unido levará a menores preços e ameaças aos produtores de ovinos britânicos, que já passam por um momento de dificuldade. O foco confirmado da doença tem resultado em uma barreira automática a todas as exportações de carnes vermelhas da Grã-Bretanha que não será removida dentro de três meses a partir do último caso notificado.

Segundo o site do Meat and Livestock Australia (MLA), a ABARE (Agência Australiana de Agricultura e Recursos Econômicos) previu que a queda nos preços nos mercados de vendas de animais ovinos resultará de uma maior competição de preços com outras carnes, particularmente carne bovina.

Uma organização de produtores da Nova Zelândia está alertando que vários criadores do país poderão deixar a atividade se os preços do cordeiro não melhorarem. Os preços caíram pela segunda estação produtiva sucessiva, com a taxa de câmbio combinada com os efeitos da maior oferta de cordeiro no mercado mundial além de uma menor demanda.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia no período de 12 meses até junho de 2007 aumentaram 13%, para o recorde de 345.849 toneladas. Houve aumento nas vendas para Estados Unidos, Oriente Médio e União Européia (UE), com o crescimento nos envios facilitado pela maior oferta de cordeiros devido ao fato de os níveis de abates terem atingido seu pico mais cedo do que o normal na Nova Zelândia.

O acesso aos mercados, sobretudo os de alto valor, é uma das restrições ao mercado exportador de carne ovina do Uruguai para ter um crescimento sustentado da produção de carne de qualidade com altas rentabilidades.

As perspectivas para o comércio de carne de ovinos são promissoras no médio prazo. A oferta exportável, liderado em grande parte pela Nova Zelândia e Austrália, não vai se recuperar tão cedo, mas os bons preços vão incentivar os criadores de ovinos a reinvestir em seus rebanhos na Oceania. Na Austrália, o ABARE (Australian Bureau of Statistics) estima que o estoque de ovinos laneiros se manterá em um patamar de 68 milhões de cabeças este ano, para em seguida, começar uma lenta recuperação, alcançando 72 milhões de cabeças em 2015.

UE: preços do cordeiro durante 2006

postado em 30/01/2007

O Meat and Livestock Austrália (MLA) informou que o preço de referência da União Européia (UE) para cordeiros pesados durante 2006 foi consistentemente maior do que no ano anterior, segundo dados do European Market Survey.

A falta de cordeiros para abate e a pouca disposição do Uruguai em exportar carne para o Brasil promovem uma situação diferente no mercado gaúcho. Há claramente uma entressafra e o fornecimento está muito pequeno. Para se ter uma idéia compradores estão oferecendo preços acima da média do mercado gaúcho para conseguirem manter uma escala de abate mínima. No levantamento mensal realizado pela Emater/RS o preço do kg vivo está cotado em R$ 2,86 na média.

Esse texto faz parte do livro "Carne ovina, turismo e gastronomia - a culinária sul-matogrossense de origem pantaneira, sírio-libanesa, gaúcha e nordestina", da editora Méritos. O objetivo principal desta obra é analisar a potencialidade da carne ovina como produto complementar ao turismo em Mato Grosso do Sul, trazendo informações que demonstrem que a carne ovina pode ser considerada produto típico do estado. Os autores cederam a publicação do livro no FarmPoint, que será resumido e disponibilizado por partes. Essa 2ª parte integra o capítulo 1 e 2.

Após uma forte queda nos preços de exportação neste ano, o Ministério da Agricultura e Silvicultura (Ministry of Agriculture and Forestry - MAF) da Nova Zelândia previu uma recuperação, ainda que pequena, nos preços da carne de cordeiro no próximo ano.

NZ: queda na produção de cordeiros

postado em 08/05/2008

As fazendas de ovinos da Nova Zelândia poderão perder cinco milhões de cordeiros nos próximos cinco anos devido aos efeitos dos baixos preços, da seca e das conversões para produção leiteira, informou reportagem do site Stuff.co.nz. A previsão pessimista baseada em modelagem computadorizada feita pelo Meat & Wool New Zealand remove quase um sexto dos 32,3 milhões de cordeiros abatidos na estação passada.

O severo impacto da seca nas fazendas australianas foi confirmado pelos dados agrícolas de 2006-07 divulgados pelo Australian Bureau of Statistics (ABS). O relatório mostra que os números de ovinos e cordeiros da Austrália caíram para seu mais baixo nível em 84 anos, desde 1924, enquanto as principais colheitas caíram para menos da metade da produção.

A carne ovina uruguaia com osso só pode ser vendida ao Brasil e à Rússia. A possibilidade de exportar sem desossar facilita para a indústria frigorífica a colocação de toda a carcaça. Hoje, parte dos dianteiros e costelas são destinados ao mercado interno e os traseiros são destinados a cumprir a cota de 3.700 toneladas sem osso que o Uruguai tem com a UE.

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