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Diretamente responsável pelo forte aumento global dos preços dos alimentos, a crescente demanda dos países emergentes, particularmente China e Índia, também é determinante para o galopante encarecimento dos insumos agrícolas no mercado internacional, como é o caso dos fertilizantes minerais. Subsídios e tarifas sobre as exportações praticados por estes países, somados à referida demanda, culminaram em reajustes de mais de 100% no preço de adubos no último ano.

Graças ao aumento dos preços dos produtos, a balança comercial do agronegócio brasileiro fechou abril com superávit de R$ 5 bilhões. Neste ano, as exportações do agronegócio somaram US$ 19,6 bilhões, um crescimento de 18,9% em relação ao mesmo período de 2007. Os setores que mais contribuíram para o aumento do valor absoluto das vendas externas em abril foram o complexo soja (54,4%), carnes (21,9%), café (29,8%) e cereais, farinhas e preparações (60,6%).

Um impasse entre os estados brasileiros pode encarecer ainda mais os fertilizantes para os produtores. Tudo porque foi rejeitada no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a prorrogação de um convênio entre os estados que reduz a base de cálculo do ICMS sobre insumos agropecuários. O Confaz reuniu-se no dia 24 de abril, e a Secretaria da Fazenda de Mato Grosso rejeitou a proposta de prorrogação até 31 de dezembro do convênio 100/97.

O presidente do conselho da empresa de investimentos Berkshire Hathaway e considerado o homem mais rico do mundo, de acordo com a revista Forbes, Warren Buffett, acredita que o real poderá valer mais que o dólar no longo prazo. A moeda brasileira continua sendo uma boa opção para investidores.

Os registros parciais dos abates comerciais de ovinos da Argentina para os primeiros sete meses da safra de 2007/2008 (julho de 2007 a fevereiro de 2008) são de 884.817 cabeças (das quais 628,22 mil cabeças ou 71% correspondem à categoria de cordeiros), o que representa uma redução de 25% com relação ao mesmo período da safra anterior, segundo relatório da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA). A principal causa dessa queda foi a emergência agropecuária devido à seca, predominante nas principais regiões produtoras de cordeiros e que concentram o maior número de abates do país, o que produziu menor qualidade da oferta forrageira e, conseqüentemente, menor qualidade na oferta dos cordeiros.

O milho brasileiro não deve registrar neste ano o alto prêmio pago no segundo semestre do ano passado, quando o ágio chegou à US$ 65 por tonelada em relação ao milho norte-americano, mas as cotações mais elevadas "podem compensar esta perda".

O setor ovino da Espanha terminou o ano passado com uma tendência de baixa no rebanho, perdendo uma média de 6% em valor - com perdas de 7,5 milhões de euros (US$ 11,84 milhões), segundo boletim anual de preços elaborado pelo Ministério da Agricultura.

Deve sair de Berna, na Suíça, um plano para controlar a crise causada pela alta dos alimentos. O assunto é tema de reunião do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e os dirigentes das 27 agências e organizações das Nações Unidas.

O Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL) informou que a produção de cordeiros este ano será inferior à do ano passado como conseqüência de uma menor porcentagem de señalada (cordeiros desmamados). Essa redução implicará também em uma queda no rebanho ovino nacional este ano, de cerca de 3%, passando de 10,5 milhões de cabeças para 10 milhões de cabeças, informou a reportagem do site Espectador.

Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) indicam que o Brasil tem apresentado desempenho bem acima da média mundial em suas vendas. A alta nos preços das commodities permitiu que o país registrasse taxa de crescimento em 2008 acima dos índices da China, pela primeira vez em décadas.

O valor das exportações totais de carnes do Uruguai entre 1 de janeiro e 5 de abril alcançou US$ 358 milhões, o que representa um aumento de 37% com relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC) do país. A carne ovina representa 5% do total das exportações.

Até o momento, são mais de 400 horas de conferências online, quase 5 mil perguntas técnicas respondidas e alunos de 17 países: Angola, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, El Salvador, Estados Unidos, Espanha, Guatemala, Israel, Japão, México, Paraguai, Portugal, Uruguai, e Venezuela.

Segundo as Nações Unidas, o aumento dos lucros proporcionados pelas exportações agrícolas com a inflação do preço dos alimentos está beneficiando menos os agricultores dos países em desenvolvimento e mais as agroindústrias processadoras de matérias-primas, as tradings e as grandes redes de supermercados.

Petróleo, o grande culpado

postado em 16/04/2008

Os preços dos alimentos se transformaram em preocupação mundial. Altos preços são um problema para os importadores líquidos de alimentos, que estão entre os países mais pobres do mundo - e para o brasileiro também, se deixarem algum resíduo inflacionário por aqui.O problema maior, no entanto, não é as commodities estarem caras, mas sobrevalorizadas. A dica é a seguinte: quer saber o que vai acontecer com os preços dos alimentos? Siga os preços da energia. E a moral da história: os alimentos estão sobrevalorizados porque as políticas dos EUA para o etanol de milho e as européias para o biodiesel de colza encareceram os alimentos mais do que o esperado.

A política de biocombustíveis dos Estados Unidos que está pressionando para cima os preços do milho, outros grãos e soja está custando à indústrias de produção de aves, bovinos e etanol bilhões de dólares por ano, de acordo com um novo estudo da FarmEcon LLC de autoria de Thomas Elam. Os maiores custos dos alimentos animais na safra de 2008/2009 custarão à indústria de bovinos quase US$ 3 bilhões, comparado com o aumento de US$ 2,2 bilhões nos custos dos alimentos animais em 2007/2008.

As exportações do agronegócio em março totalizaram US$ 4,776 bilhões, superando em 6,4% o valor do mesmo mês de 2007, e o superávit chegou a US$ 3,939 bilhões. Outra marca histórica foram os US$ 60,5 bilhões das exportações entre abril de 2007 e março de 2008. E no acumulado de 2008 as exportações tiveram um aumento de 17,8% em relação ao primeiro trimestre de 2007, somando US$ 13,9 bilhões.

Os preços do milho atingiram na quarta-feira (9) o maior nível da história na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato com vencimento em maio fechou com valorização de 2,33%, cotado a US$ 6,05/bushel, depois de atingir US$ 6,16/bushel na máxima.

Durante o período de abril de 2007 a março de 2008, o valor das exportações de produtos ovinos do Uruguai (lãs e produtos de lã, carne ovina, peles lanares e ovinos em pé) totalizou US$ 320,3 milhões, 18,1% a mais que no período de abril de 2006 a março de 2007, segundo dados proporcionados pela Direção Nacional de Aduanas e divulgados pelo Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL).

Nem a crise internacional reduziu a entrada de dólares no Brasil em março. Dados do Banco Central (BC) mostram que a entrada de recursos pelo mercado de câmbio se intensificou no mês, quando US$ 8,051 bilhões ingressaram no país, o melhor resultado desde julho de 2007.

Confira aqui os 20 artigos mais comentados durante o mês de março.

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