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A produção global de carne ovina deverá crescer 1,7% em 2009, para 13,4 milhões de toneladas. O clima seco nos últimos anos reduziu os rebanhos em importantes áreas de produção, incluindo Oceania, América do Sul e partes da África. Entretanto, as melhores condições climáticas que atualmente prevalecem em todas as regiões, somadas com os fortes preços dos cordeiros, estão estimulando os produtores a reconstruir seus rebanhos.

O Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL) divulgou seu informe mensal sobre o mercado mundial de carne ovina. Os produtores têm apostado no setor ovino, têm retido ventres, têm encarneirado um maior número possível de fêmeas e estão a espera de poder se beneficiar com o bom preço, se esse não baixar nos próximos meses. O relatório assegura que o comércio de ovinos vivos é uma variável de muita importância no funcionamento do mercado de ovinos e tem um papel muito importante nos processos de formação de preço.

A queda na produção de ovinos e a demanda alta provocam aumento nos preços e abre oportunidades para o Uruguai. "O preço do cordeiro no Uruguai está em um nível que dificilmente voltará a ser como era antes. É muito possível que os nossos valores se aproximem aos da Nova Zelândia e da Austrália", disse o analista e economista do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Carlos Salgado.

As exportações de carne caprina da Austrália durante 2010-11 caíram 7% com relação ao ano anterior, para 25.853 toneladas. A queda nos envios de carne caprina foi atribuída às condições recordes de umidade em áreas importantes de produção reduzindo assim a oferta.

A indústria de cordeiros da Austrália deverá se beneficiar do novo acordo de troca de informações genéticas de ovinos com os Estados Unidos. A Associação Nacional de Melhoramento de Ovinos dos Estados Unidos (NSIP, sigla em inglês) assinou um acordo com o Meat and Livestock Australia (MLA) para ter acesso ao serviço de avaliação genética de ovinos LAMBPLAN e também trabalhar de forma colaborativa em projetos de pesquisa e desenvolvimento.

A Rússia suspendeu as importações de carne ovina da Alemanha, Holanda e Bélgica e é provável que essas restrições às importações possam ser estendidas ao produto do Reino Unido. A suspensão do comércio é devido à descoberta do vírus Schmallenberg na Alemanha, Holanda, Bélgica e na região oriental da Inglaterra.

Em 2011-12, os preços médios dos cordeiros australianos deverão se manter relativamente estáveis comparado com 2010-11, em A$ 5,50 (US$ 5,62) por quilo, de acordo com o último relatório sobre commodities agrícolas da Agência Australiana de Agricultura, Recursos Econômicos e Ciência (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics and Sciences - ABARES). Embora a produção de carne de cordeiro deva aumentar em 2011-12, a demanda nos principais mercados de exportação da Austrália, como China, e um mercado doméstico mais forte, deverão compensar o aumento na oferta.

Os abates de cordeiros na Nova Zelândia para a estação que termina em abril (outubro-abril) foram 14% menores do que na estação anterior, com 14,3 milhões de cabeças processadas, segundo dados do Statistics New Zealand.

A produção de carne ovina da Argentina em 2011 declinou significantemente, totalizando somente 56.000 toneladas, com os números de abates e os pesos das carcaças contraindo. Os pesos das carcaças caíram de uma média de 18 quilos por cabeça em 2010 para 16 quilos por cabeça em 2011, enquanto a produção total nos abatedouros declinou 16% com relação aos níveis de 2011, para 906.000 cabeças.

A indústria de tops de lã do Uruguai já não tem que importar boa parte das lãs que precisa porque o país está produzindo lãs Merino finas e superfinas no mesmo nível que a Austrália. Uma das velhas aspirações dos produtores de lã do país é ter acesso aos preços internacionais. Hoje, não somente estão cobrando o mesmo que os australianos, mas também, em alguns casos, têm uma bonificação de 2% acima deste preço médio.

As importações de carne ovina pela China durante o mês de setembro aumentaram 22% com relação ao mesmo período do ano anterior, para 5.127 toneladas. Contribuindo para o aumento esteve o salto de 75% nas importações da Austrália, para 3.032 toneladas, enquanto os volumes de carne ovina importadas da Nova Zelândia caíram 13% com relação ao ano anterior, para 2.080 toneladas.

As exportações australianas de carne de cordeiro aumentaram 2% com relação ao mês de fevereiro de 2010, para 11.484 toneladas. O aumento foi registrado para a maioria dos principais mercados, de acordo com o Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura.

Os preços dos alimentos na Nova Zelândia foram menores em abril, caindo em média em 0,6% com relação a março, de acordo com o Statistics New Zealand. A queda nos preços ocorreu em várias categorias, como leite, carnes, peixes, frutas e vegetais. No entanto, os preços da carne de cordeiro aumentaram em 4,5%, devido em grande parte às menores ofertas.

A produção de carne de carneiro da Nova Zelândia caiu 8% com relação ao mês de maio do ano anterior para 3.539 toneladas e os abates caíram 14% no mesmo período, para 145.328 cabeças, de acordo com dados do Statistics New Zealand. A produção e os abates caíram 54% e 56% com relação à média dos últimos cinco anos, respectivamente.

O fracasso das negociações da Rodada Doha sobre a liberalização do comércio mundial alivia alguns países e setores, enquanto outros lamentam a falta de um acordo que poderia dinamizar a economia do planeta.

O principal componente que contribuirá para o aumento previsto na produção de lã será o maior número de ovinos tosquiados durante o ano, que é reflexo da retenção de ovelhas mais velhas e de cordeiros, com os produtores aproveitando os recentes climas favoráveis, além dos fortes preços da lã, da carne de cordeiro e de carneiro.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia declinaram 4% em fevereiro, para 34.663 toneladas, com os envios caindo 13% para a União Europeia (18.974 toneladas), 6% para o Oriente Médio (3.175 toneladas) e 27% para a China (2.388 toneladas). Já as exportações de carne de cordeiro aos Estados Unidos aumentaram 15% em fevereiro, para 1.987 toneladas, segundo dados do New Zealand Meat Board.

As exportações de carne de cordeiro da Austrália ao Sudeste da Ásia/Chinas durante os primeiros quatro meses do ano (até abril) aumentaram 48% com relação ao mesmo período do ano anterior, para um total de 10.251 toneladas. Os maiores envios à região, apesar da valorização do dólar australiano, se deveu à demanda mais forte na China e na Malásia, particularmente para os segmentos de foodservice e varejo, informou o Meat and Livestock Australia (MLA).

As autoridades sanitárias do México enviaram ao Uruguai um memorando de entendimento que regulamentará a exportação de carne ovina. O México pede os mesmos requisitos existentes para os cortes bovinos que já são exportados pelo Uruguai ao mercado mexicano. O diretor geral de Serviços Pecuários do Uruguai, Francisco Muzio, e o vice-presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Fernando Pérez Abella, confirmaram a chegada desse documento que determina os requisitos sanitários para que o produto possa entrar sem restrições no mercado mexicano.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia em julho caíram 24% com relação ao ano anterior, para 18.066 toneladas - o menor valor mensal total desde outubro de 2009. Depois de um aumento nas exportações durante os meses de março e abril, os volumes em junho e julho caíram significantemente, levando as exportações nos primeiros sete meses de 2010 para 211.273 toneladas - apenas 1% acima do mesmo período de 2009, de acordo com dados do New Zealand Meat Board.

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