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Nos últimos anos, a caprinocultura leiteira vem assumindo importante papel no contexto do agronegócio brasileiro. Atualmente, a produção de cabras leiteiras vem se caracterizando como uma atividade de grande importância cultural, social e econômica para a região, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento do Nordeste.

Mesmo com toda a pompa dos números de ovinos e caprinos no Nordeste, a região ainda esbarra na falta de integração dos produtores, que faz com que o país não consiga manter uma articulação necessária para atender ainda por completo o consumidor e as exigências do mercado.

A preocupação com a raça decorre da falta de interesse dos criadores por ela, que é nativa do Ceará. Segundo o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Olivardo Facó, há anos que a Associação Brasileira de Ovinos vem acompanhando a diminuição de registros de novas matrizes de pura raça.

Na última terça-feira (17) foram lançados em João Pessoa (PB) o 3º Simpósio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte (Sincorte) e a Fenacorte 2007, feira nacional do agronegócio de caprinos e ovinos de corte. Ambos acontecerão em novembro e terão 80 expositores comercializando insumos, máquinas, produtos e serviços voltados para o segmento de corte para um público esperado de 2,5 mil participantes.

Enquanto os homens cuidam da produção do leite, as mulheres são responsáveis pelo beneficiamento do produto. Na associação elas montaram uma mini indústria de derivados do leite de cabra - o iogurte é o principal produto. Em Campos Sales, o iogurte feito com leite de cabra está sendo testado na merenda escolar.

No semi-árido baiano, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA) vem desenvolvendo pesquisas específicas para preservar as raças Rabo-Largo e Morada Nova e para criar cruzamentos com Santa Inês e Dopper para chegar a animais mais resistentes e aptos para exploração comercial na região.

Raças de caprinos conhecidas como nativas, que se destacam pela fácil convivência como o semi-árido e a prolificidade, estão em risco de desaparecimento, pois com o desenvolvimento regional desse segmento ocasionou a importação de recursos genéticos diferenciados.

A Universidade Federal Rural do semi-árido (Ufersa), em parceria com a Fundação Guimarães Duque (FGD), vai estudar diversos minerais utilizados na alimentação de caprinos e ovinos para melhorar a nutrição e a produtividade. O investimento no estudo é de quase R$ 60 mil.

O Cariri paraibano, tradicional pólo produtor de leite de cabra do País, apresenta as técnicas de manejo e as iniciativas de orientação de produtores que têm melhorado a qualidade da produção de leite na região. As iniciativas que fazem a diferença para os pequenos produtores da região podem ser vistas na 5ª Feira de Agronegócios do Semi-Árido Nordestino, na cidade de Monteiro.

O trabalho visa qualificar 100 técnicos no âmbito do projeto Cabra do Piauí, sendo 25 técnicos em cada município envolvido nas duas primeiras fases. "A idéia é fazer com que os nossos técnicos possam ser multiplicadores e a partir daí fazer com que os agricultores familiares destas regiões possam ter a caprinovinocultura como um empreendimento, gerando renda e trabalho no semi-árido".

Nas últimas décadas novas ferramentas e técnicas têm sido introduzidas na produção animal como suporte à decisão, especialmente para o gerenciamento, implantação de estratégias de alimentação, controle de fertilidade, e técnicas para promover saúde/conforto animal, e sistemas computacionais específicos foram desenvolvidos para o manuseio das variáveis ambientais e fisiológicas. O uso da termografia de infravermelho, por exemplo é uma dessas ferramentas que permite estudos com precisão dessas variáveis. Com a aplicação da técnica da termografia de infravermelho será possível fazer: o mapeamento da distribuição térmica das estruturas construtivas e dos animais, a caracterização das diferentes tipologias de instalações zootécnicas, quanto aos tipos de materiais, e o balanço térmico, a verificação da qualidade de trocas térmicas quanto às sombras disponíveis aos animais e a identificação das melhores raças e tipos zootécnicos leiteiros, com maior grau de adaptação às condições climáticas

O Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA) apoiará a realização da 'X Conferência Internacional de Caprinos', prevista para acontecer no mês de setembro de 2010, no Recife (PE), numa promoção da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A nona edição do evento aconteceu no último mês de julho, em Queretaro, no México.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, recebeu uma comitiva da Paraíba e de Pernambuco para tratar de problemas que afetam o setor agropecuário dos dois estados e principalmente do apoio do ministério para neutralizar os efeitos da praga da Cochonilha do Carmim, que ameaça dizimar as plantações de palma forrageira.

O principal foco de atenções do programa nesse momento é a cidade de Guaribas, conhecida nacionalmente como cidade piloto do programa Fome Zero. Lá já foram selecionadas 25 famílias para o programa. Nos três territórios já foram capacitados 179 criadores. A proposta é que cada uma das famílias de produtores tenham no mínimo 100 matrizes.

Os produtores rurais da Paraíba podem ficar tranqüilos, porque o Governo do Estado vai iniciar um programa de apoio à caprinovinocultura, dando ênfase a expansão do número de reprodutores e matrizes das melhores raças destinadas ao corte e a produção de leite. O objetivo é recuperar o tempo perdido e fortalecer essa atividade, que é a vocação do semi-árido nordestino. Foi o que anunciou, na noite de sexta-feira (5), o governador José Maranhão, ao participar da XI Festa do Bode Rei, que acontece em Cabaceiras.

Será realizada em Recife (PE), no período de 19 a 23 de setembro, a 10ª Conferência Internacional de Caprinos (IGA 2010), cujo principal objetivo é discutir problemas e soluções para o desenvolvimento da caprinocultura nacional e mundial. A programação é fruto de uma parceria firmada entre o Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCT), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/CNPC), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Empresa Paraibana de Pesquisa Agropecuária (EMEPA), que constituem o Comitê Executivo do evento.

Foram liberados aproximadamente R$ 45 mil para a execução do projeto, que contemplará a capacitação de produtores, visando padronizar as etapas do processamento da manta caprina, possibilitando a obtenção de produtos uniformes, com melhor padrão de qualidade e em melhores condições de comercialização, seguindo critérios do APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).

Pesquisas realizadas na Embrapa Semi-Árido (Petrolina-PE) identificaram qualidades forrageiras nas sobras das uvas processadas na indústria de vinho. Com 14% de proteína, o material fibroso é apontado pelos pesquisadores como um bom ingrediente para compor dietas alimentares para ovinos e caprinos, em especial durante o período seco.

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