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A classe média, que recebeu pouca pressão nos preços dos produtos consumidos nos últimos anos, deverá ser uma das mais afetadas a partir de agora, com a chegada da crise. De um lado virão as perdas de emprego e de renda; de outro, os novos produtos inseridos no dia-a-dia dos consumidores dessa classe são os que devem registrar as maiores altas.

As exportações de carne de cordeiro da Austrália em 2008 declinaram em 6% com relação aos envios de 2007, alcançando 151,56 mil toneladas. A menor oferta de cordeiros pesados da Austrália, seus preços maiores associados, o impacto do alto dólar australiano e a recessão econômica nos EUA durante 2008 contribuíram para o declínio.

As exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia em outubro aumentaram em 13% com relação ao ano anterior, para 18,597 mil toneladas. Os envios aos Estados Unidos (1,272 mil toneladas), Canadá (1,295 mil toneladas) e União Européia (8,578 mil toneladas) aumentaram com relação ao ano anterior em outubro em 8%, 25% e 7%, respectivamente.

O preço da cesta básica teve queda em 15 das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em agosto, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (01).

Os lucros dos setores ovino e bovino da Nova Zelândia deverão quase triplicar na próxima estação, devido aos melhores preços de mercado da carne de cordeiro, da carne bovina e da lã, e à medida que as taxas de câmbio do dólar neozelandês caem e a demanda ultrapassa a oferta, informaram economistas.

Em 02 de julho de 2008 foi lançado o Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009 pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinold Stephanes, em Curitiba, PR. O plano (disponível em www.agricultura.gov.br) apresenta a descrição e os recursos previstos das políticas públicas federais para o agronegócio brasileiro válidos para a próxima safra. Nos anos recentes o documento tem sido apresentado nos meses de junho ou julho, época de início do planejamento dos produtores para o plantio da nova safra de grãos. Neste artigo apresenta-se uma análise desse plano, considerando-se a comparação com a edição anterior e as perspectivas de sua influência no desempenho do setor.

Os produtores de cordeiros da Austrália podem esperar receber preços fortes nos próximos anos, embora o rebanho nacional deva reduzir. Essas previsões fazem parte das Projeções da Indústria Ovina 2008 do Meat and Livestock Australia (MLA), recém divulgadas. O relatório do MLA também nota que um declínio no rebanho de cria, o aumento nas dívidas rurais e nos custos deverão limitar a expansão da indústria de cordeiros nos próximos cinco anos.

Segundo estudo elaborado pela equipe Cepea/Esalq-USP, em março, abril e maio as cotações internas e externas do milho seguiram firmes, sustentadas pelos baixos estoques mundiais do produto, pela menor produção americana e pela demanda firme. As cotações da soja - depois de alcançar recorde nas bolsas internacionais e também no Brasil, em dólar - tiveram um expressivo decréscimo na primeira quinzena de abril, voltando a se recuperar e estabilizar no período seguinte.

Segundo o último relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre as previsões para os mercados globais de carnes, divulgado em junho, as estimativas preliminares indicam que o Índice Internacional de Preços da FAO para os produtos de carne atingiu seu mais alto nível, de 136 pontos (1998-2000=100) em abril de 2008, continuando sua tendência de alta que começou em junho de 2006.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) anunciou ontem um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, elevando a Selic de 12,25% para 13% ao ano. Em ponto percentual, trata-se da maior alta promovida desde fevereiro de 2003, quando a taxa passou de 25,5% para 26,5%.

Os preços dos fertilizantes e rações fizeram com que o Produto Interno Bruto (PIB) mantivesse taxas altas de crescimento em abril, acumulando aumento de 3,83% no quadrimestre. Os insumos somaram uma expansão de 7,70% no período. Enquanto o agronegócio apresentou ligeira desaceleração nos preços agrícolas, em abril, a expansão dos preços reais dos fertilizantes ultrapassou 53% e os preços das rações duplicaram no quadrimestre. Assim, embora o ritmo de crescimento do agronegócio esteja mais acelerado do que o observado em 2007, "a renda do produtor continua apertada", afirma Ricardo Cotta Ferreira, superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A produção de carne ovina e caprina nos 27 países membros da União Européia (UE) caiu 3% em 2007 com relação a 2006. A redução foi especialmente marcada na carne de caprino (-6,7%), sendo menor na de cordeiro (-2,6%), de acordo com os últimos dados do Eurostat.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o custo da cesta básica subiu no primeiro semestre de 2008, nas 16 capitais pesquisadas. Os maiores aumentos foram apurados em Recife (29,24%), Natal (25,91%) e João Pessoa (25,37%). As menores altas acumuladas ocorreram em Aracaju (12,03%), Goiânia (11,83%) e Belém (10,47%).

O crescimento total e o agronegócio

postado em 27/06/2008

O Cepea, da Esalq/USP, calcula o PIB do agronegócio a preços reais, decompondo-o em vários segmentos: agropecuária (correspondente ao segmento primário considerado pelo IBGE), bem como insumos, agroindústria e distribuição. Com base em dados até março, estima-se que o crescimento em volume da produção vegetal neste ano será de 6,4% e o da produção animal, de 4,8%1.

Caso mantenha o ritmo de expansão, de 2,81% nos três primeiros meses de 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro pode fechar 2008 com um crescimento acima de 10%.

Enquanto outros produtos agropecuários apresentam aumentos importantes, os preços da lã se estabilizaram a nível internacional nos últimos meses, situação que acabou refletindo no mercado uruguaio de lã, informou o El País.

Após a safra de 2006/07 ter tido uma importante recuperação no preço da lã no mercado internacional, a safra de 2007/08 transcorreu com preços estáveis e termina com tendência de baixa em seu principal indicador.

A Copal (Coordenadora das Indústrias de Produtos Alimentícios) prevê que a Argentina enfrentará falta de alimentos nas próximas horas devido à greve dos caminhoneiros.

"A paralisação da atividade da indústria alimentícia somada às dificuldades logísticas vão gerar desabastecimento de alimentos nas próximas horas, se a situação não for resolvida", disse um comunicado.

A previsão da FAO (Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre as Perspectivas Agrícolas Mundiais para os próximos dez anos é que os preços dos alimentos vão cair, mas continuarão mais altos do que os registrados na última década.

Em relação à média observada entre 1998 e 2007, as projeções indicam aumentos que variam de 20% para a carne bovina e suína, de 40% a 60% para cereais como milho e trigo, a mais de 80% para os óleos vegetais.

Com o telão de fundo na última reunião anual da Federação Laneira Internacional (FLI), onde se evidenciou que o mercado para lãs grossas está sofrendo o impacto da crise dos Estados Unidos, enquanto que as lã finas se afirmam no mercado de vestimentas, o Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL) se mostrou envolvido no desenvolvimento de um "plano estratégico ovino", que terá ênfase na qualidade do produto, independentemente de sua finura, segundo anunciou o presidente do SUL, Gerardo García Pintos.

A trégua dada pelos produtores argentinos ao governo de Cristina Kirchner durou pouco mais de 20 horas. A expectativa é de retomada de diálogo hoje. Os protestos, incluindo bloqueios de estradas, além de provocarem desabastecimento de alimentos, constituem-se no maior desafio já declarado por um setor ao governo do casal Kirchner.

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