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O consórcio de capitais brasileiros Sidercol S.A. ao qual se adjudicou, após licitação pública, o frigorífico Bordenave, em Salto, Uruguai, espera a habilitação do Ministério da Pecuária para começar os abates de ovinos com destino a outros países. A planta, que já conta com a habilitação para o mercado interno, tem uma capacidade para industrializar 480 ovinos por turno - uns 60 ovinos por hora -, mas o consórcio pensa em elevar essa capacidade para 800 ovinos por dia. Além disso, os empresários brasileiros investirão para melhorar as instalações de frio, principalmente para congelados.

A safra de cordeiros da Nova Zelândia caiu 10% em 2010 (2,8 milhões de cabeças), com relação ao ano anterior, para 25,1 milhões de cabeças, de acordo com a pesquisa anual Lamb Crop Survey do Serviço Econômico do Beef + Lamb New Zealand. Antes dos resultados da pesquisa, a expectativa era que a safra de cordeiros cairia 2,5%. Entretanto, as condições de frio e umidade, até mesmo de neve, bem no momento de pico de parição de cordeiros acabaram matando milhares de animais novos, além de milhares de ovelhas.

A Associação de Criadores de Ovinos do Norte (Aconor) do Paraguai e a Associação Paraguaia de Criadores de Ovinos (APCO) firmaram um convênio de cooperação. O objetivo é melhorar a qualidade da carne ovina e conseguir uma sede conjunta com câmara frigorífica para logo comercializar nos diferentes mercados nacionais.

Criadores de bois e de ovelhas do Paraná encontravam dificuldade na hora de vender os animais. Para se livrar dessa situação, trinta e cinco criadores de Guarapuava formaram, em 2007, a Cooperativa Aliança. "Fizemos o acerto do produtor de boi para o produtor de carne, adotando todas as tecnologias disponíveis e investindo no sistema de produção definido, fazendo de nossa propriedade uma indústria de carne", explicou Edio Sander, um dos cooperados.

Pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal (SP) comprova que a inclusão de subprodutos do biodiesel - tortas de soja, girassol e amendoim, por exemplo - na alimentação de cordeiros não só ajuda a baratear a dieta do plantel como resulta em uma carne de melhor qualidade, com menor teor de gordura.

A escalada do preço do cordeiro anima os criadores do Rio Grande do Sul para a temporada de feiras de ovinos. Com o consumo da carne em alta e a escassez de oferta pela redução do rebanho no Uruguai, tradicional fornecedor para o Brasil, o preço médio do quilo vivo no Rio Grande do Sul, conforme a Emater, chegou na semana a R$ 4,30 valor 81,43% maior do que na mesma época do ano passado.

A produção de carne de cordeiro da Nova Zelândia caiu 19% em setembro, para 13.747 toneladas, devido a um declínio de 15% nos abates de cordeiros, para 729.582 cabeças, de acordo com dados do Statistics New Zealand. De acordo com o NZX Agrifax, esse foi o pior resultado no mês de setembro em vários anos e registra os menores abates de cordeiros desde que os registros começaram a ser feitos. Somado ao efeito dos menores abates esteve a redução de 5% nos pesos médios das carcaças, para 18,8 quilos por cabeça.

No 2º semestre de 2010 (jul/ago/set/out), as exportações de carne ovina do Uruguai para o Brasil cresceram frente ao 1º semestre. Comparando o mês de junho com o mês de julho, houve um crescimento de 21,6%, totalizando 0,31 mil toneladas. De julho a agosto houve um crescimento de 54,3%, totalizando 0,47 mil toneladas e de agosto a setembro o crescimento foi de 55,2%, totalizando 0,74 mil toneladas. Já de setembro a outubro, houve um decréscimo nas exportações de 9,6%, totalizando 0,66 mil toneladas. O crescimento das importações foi mais acentuado no início do 2º semestre devido à entressafra na produção de cordeiros brasileiros e à demanda firme no mercado. A chegada dos primeiros cordeiros da safra 2010 no mercado brasileiro (animais nascidos em junho e criados com suplementação alimentar) contribuiu com o recuo nas importações no mês de outubro.

A produção australiana de carne de cordeiro em setembro foi 18% menor que no ano anterior, totalizando 31.643 toneladas. Com as condições úmidas em importantes estados, como Victoria, New South Wales e South Australia, o transporte foi prejudicado durante o mês, o que se somou ao efeito da retenção dos produtores para reconstrução ou terminação. Os abates nacionais no mês caíram 20% com relação ao ano anterior, para 1,52 milhão de cabeças, enquanto os pesos médios das carcaças cresceram 2%, para 20,8 quilos por cabeça.

No dia 05/11, o FarmPoint perguntou aos leitores: qual é a imagem da carne ovina hoje para o mercado consumidor? Acesse e confira os comentários de destaque!

De acordo com o Australian Bureau of Statistics, os números de ovinos adultos e de cordeiros caíram para 67,7 milhões de cabeças em 2009-10 (em 30 de junho de 2010), 7% a menos que o rebanho de 2008-09. Esses dados denotam o menor rebanho ovino da Austrália desde 1905.

Este artigo faz parte do Estudo de Mercado Externo de Produtos e Derivados da Ovinocaprinocultura da editora Méritos. Este trabalho foi viabilizado pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Sistema Agroindustrial, cuja gestão cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC. O FarmPoint publicará trechos do capítulo Perfil dos Países Importadores e a primeira análise publicada é sobre a União Europeia.

As exportações de carnes, miúdos e derivados do Uruguai somaram US$ 1,104 bilhão, contra US$ 974,65 milhões exportados no mesmo período do ano anterior (1 de janeiro a 30 de outubro), o que mostra um aumento de 13,35% em valor. A carne bovina representou 81% do total exportado, enquanto a participação da carne ovina foi de 5%. Com relação à carne ovina expressa em peso com osso, as exportações foram de 15.347 toneladas, 35,15% a menos do que no mesmo período do ano anterior.

A Equipe FarmPoint selecionou os 10 artigos mais lidos do mês de outubro, proporcionando ao leitor atualização e acompanhamento sobre os principais fatos ocorridos no período. Acesse as matérias e confira!

O produtor de ovinos e proprietário da Granja Po'A Porã, Ivan Saul, de São José dos Pinhais, Paraná, enviou um comentário ao artigo "Idade de desmame. Confira a opinião dos produtores". Acesse e leia a carta na íntegra.

Este mês, o FarmPoint entrevistou Angelo Aguinaga, coordenador de agronegócios do Sebrae/RS. Angelo também é um dos responsáveis pela rodada de negócios de ovinos, que é realizada uma vez por ano e tem apresentado um aumento significativo a cada edição. A sistemática da rodada de ovinos, conforme explica o coordenador, é diferenciada das demais, pois as negociações não são efetivadas na ocasião. "Mostramos aos interessados o que representa esse produto e quais são as suas vantagens; depois desse primeiro momento, os compradores conversam entre si e conhecem as ofertas; feito isso, discutem internamente e só então definem um parceiro para a próxima temporada", conta Aguinaga. Acesse e confira a entrevista!

O leitor do FarmPoint Ricardo José de Almeida Silva, de Sinop, Mato Grosso, enviou um comentário ao artigo "Qual é a imagem da carne ovina hoje no mercado?". Acesse e leia a carta na íntegra.

Para muitos brasileiros, a ovinocultura nos Estados Unidos é um importante referencial em diversos aspectos. Não é novidade que a qualidade de vida do povo norte-americano é superior a brasileira e existem importantes diferenciais e experiências que podem servir de exemplo para o Brasil. Porém, as condições do produtor de ovinos naquele país, na sua grande maioria, não diferem muito do que se vê por aqui. É interessante poder conversar com produtores e ouvir as histórias do que é e do que já foi um dia a ovinocultura norte-americana e o que representou comercialmente para a economia deles. Soa até irônico, mas se assemelha ao discurso de muitos ovinocultores brasileiros, só que em inglês. O que é certo é que a produção de cordeiros e lã nos Estados Unidos se mantém estagnada há vários anos, devido aos altos custos de produção que envolve a atividade, tornando-a pouco competitiva quando comparamos com países como o Uruguai, a Nova Zelândia e a Austrália.

Em todo o mundo, há a consciência de que hoje em dia o futuro da atividade ovina sustentável está em ambas as produções: cordeiros e lãs. A Nova Zelândia, apesar da grande pressão exercida pelo setor leiteiro e de silvicultura sobre a terra disponível, segue liderando as exportações de cordeiros no mundo e, além disso, tem um consumo interno de 23,3 quilos por habitante/ano.

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