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O sistema agroindustrial (SAG) da carne ovina no Brasil é deficiente em relação à produção, não conseguindo atender a forte e crescente demanda por produtos cárneos ovinos existente nas capitais e grandes centros urbanos, necessitando importar grandes volumes de carne ovina para tamponar o déficit existente no mercado doméstico.

No último dia 12, o FarmPoint publicou um artigo sobre mercado e perguntou aos leitores: Como o preço da carne ovina se comportará em 2011? Várias pessoas deixaram a sua opinião e a discussão foi bastante construtiva. Aproveitando o debate, o FarmPoint também cotou o preço da carne ovina em alguns estados brasileiros através de contato com frigoríficos e órgãos estaduais que realizam esta pesquisa. Acesse e confira o resultado!

No mês de maio, o Brasil importou 64% mais carne ovina uruguaia comparado a abril, totalizando 236 toneladas. Com a demanda firme, o Brasil está importando desde novembro de 2010 quantidades significativas de carne ovina chilena e em maio, também retomou as importações argentinas.

Seção Conjuntura de Mercado: "Após o registro de 334,7 mil cabeças ovinas abatidas em 2009, o volume de abates sob inspeção federal iniciou um processo sistemático de queda que perdura até o presente, de forma que o ano de 2014 fechou com um volume oficial de 95,8 mil cabeças (barras em azul, valores à esquerda) - o menor valor registrado nos últimos 10 anos", por Daniel de Araújo Souza.

Bruno Fernandes Sales Santos, produtor de ovinos, mestre em zootecnia, da Aries Reprodução e Melhoramento Genético Ovino - Abacus BioLimited enviou uma carta ao debate proposto pelo FarmPoint "Foco na produção de carne ovina? Acesse e leia o comentário na íntegra.

Devido a retenção de matrizes e o consumo crescente de carne ovina não só nas churrascarias como também nos supermercados, as exportações ao Brasil aumentaram esse ano.

Este artigo faz parte do Estudo de Mercado Externo de Produtos e Derivados da Ovinocaprinocultura da editora Méritos. Este trabalho foi viabilizado pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Sistema Agroindustrial, cuja gestão cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC. O FarmPoint publicará trechos do capítulo Perfil dos Países Importadores e a primeira análise publicada é sobre a União Europeia.

"Mato Grosso do Sul exporta 80% de sua produção de ovinos para o frigorífico Marfrig, da cidade de Promissão, em São Paulo. Visto essa demanda e outros dados favoráveis, passamos a viajar pelo interior do Estado exibindo as tendências do mercado da ovinocultura, buscando uma diversificação na produção, e mostrando mais uma possibilidade de renda ao produtor", afirma o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul - SENAR/MS, Clodoaldo Martins, durante a abertura do Programa Pró-Ovinos, em Sidrolândia (MS).

No artigo anterior "Quanto de carne produz um cordeiro - Parte I" vimos que o rendimento de carcaça é uma característica que está diretamente relacionada à produção de carne e que pode variar de acordo com fatores intrínsecos e/ou extrínsecos ao animal. Nessa segunda parte do artigo iremos discutir como o peso e a idade de abate podem afetar os rendimentos de carcaça (de fazenda, carcaça quente, comercial e verdadeiro). Esses dois fatores serão discutidos juntos, pois estão relacionados. Ou seja, quando os animais recebem condições adequadas para expressarem o seu potencial de desenvolvimento, normalmente há elevação do peso vivo com o aumento da idade de abate, até que o animal atinja o peso adulto (maturidade).

No mês de agosto, o preço do quilo de carne desossada de ovino congelada uruguaia cresceu 13,6%. Em julho o quilo custou US$ 7,75 e em agosto US$ 8,80. O preço do quilo das peças não desossadas de ovinos congeladas cresceu 0,73%, passando de US$ 7,52 para US$ 7,58.

As exportações de carne ovina foram de 31.804 toneladas, 28,6% a mais do que o ano anterior, quando foram exportadas 24.730 toneladas. Os principais mercados foram, em ordem de importância, União Europeia (UE), Mercosul e Jordânia, concentrando 60% do total. Em valor, as exportações de carne ovina no período foram de US$ 81,390 milhões, 15% a mais que no ano anterior.

Além do grande crescimento na quantidade importada, no mês de novembro o Brasil também importou cortes ovinos não habituais como: peças não desossadas de ovinos frescas ou refrigeradas e carcaças e meias carcaças de cordeiros congeladas. Normalmente o país importa peças não desossadas de ovinos congeladas e carnes desossadas de ovinos congeladas. Esse aumento nas importações ocorreu devido o aumento da demanda com a chegada do fim de ano.

As exportações de carnes, miúdos e derivados do Uruguai somaram US$ 1,771 bilhão em 2012 contra US$ 1,662 bilhão exportados em 2011 (1 de janeiro a 31 de dezembro), o que mostra um aumento de 6,6% em valor. A carne bovina representou 81% do total exportado, enquanto a participação da carne ovina foi de 4%.

As exportações de carne ovina entre 1º de janeiro e 14 de novembro foram de 25.692 toneladas, 24,79% a mais do que no mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 20.588 toneladas. Os principais mercados foram, em ordem de importância, União Europeia (UE), Mercosul e Jordânia, concentrando 60% do total.

As exportações de carnes, miúdos e derivados do Uruguai somaram US$ 1,104 bilhão, contra US$ 974,65 milhões exportados no mesmo período do ano anterior (1 de janeiro a 30 de outubro), o que mostra um aumento de 13,35% em valor. A carne bovina representou 81% do total exportado, enquanto a participação da carne ovina foi de 5%. Com relação à carne ovina expressa em peso com osso, as exportações foram de 15.347 toneladas, 35,15% a menos do que no mesmo período do ano anterior.

As exportações de carnes, miúdos e derivados do Uruguai somaram US$ 1,215 bilhão, contra US$ 1,087 bilhão exportados no mesmo período do ano anterior (1 de janeiro a 27 de novembro), o que mostra um aumento de 11,75% em valor. A carne bovina representou 81% do total exportado, enquanto a participação da carne ovina foi de 5%. Com relação à carne ovina expressa em peso com osso, as exportações foram de 17.222 toneladas, 38,53% a menos do que no mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 28.017 toneladas. Os principais mercados foram, em ordem de importância, União Europeia (UE), Mercosul e Arábia Saudita, concentrando 69% do total.

As exportações de carne ovina expressa em peso com osso foram de 7.318 toneladas, 34,44% a menos do que no mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 11.162 toneladas. Os principais mercados foram, em ordem de importância, União Europeia (UE), Mercosul e China, concentrando 77% do total. Em valor, as exportações de carne ovina no período foram de US$ 35,45 milhões, 4,43% a menos que no mesmo período do ano anterior, quando foram exportados US$ 37,1 milhões.

O conhecimento das características quantitativas e qualitativas da carcaça ovina é de fundamental importância para a indústria de produtos de origem animal. A determinação de tais aspectos, para fins experimentais pode ser obtida, através das medidas morfológicas in vivo como comprimento corporal do animal, perímetro torácico, altura do anterior e posterior (Pinheiro et al., 2004) ou através das medidas da carcaça, como comprimento da perna, largura da garupa, perímetro da garupa, profundidade do tórax, comprimento interno e externo da carcaça.

No mês de setembro, o Brasil importou 7,60% a menos de carne ovina uruguaia comparado a agosto, totalizando 326 toneladas. Em julho, o Brasil importou 352 toneladas. De acordo com o INAC (Instituto Nacional de Carnes do Uruguai), as exportações totais de carne ovina expressa em peso com osso no período de 01 de janeiro a 01 de outubro foram de 10.006 toneladas, 27% a menos do que no mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 13.720 toneladas.

No mês de outubro, o Brasil importou 12,6% a mais de carne ovina uruguaia comparado a setembro, totalizando 367 toneladas. Esse aumento nas importações ocorreu devido o aumento da demanda com a chegada do fim de ano. Em outubro de 2010, o Brasil importou 665 toneladas de carne ovina, 45% a mais quando comparada ao mesmo mês deste ano.

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