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A Organização Internacional de Lã (Internacional Wool Textile Organization, - IWTO) confirmou o Uruguai, pelo terceiro ano consecutivo, como o segundo maior exportador mundial de lã cardada, atrás da China.

O grande objetivo foi aprender com os uruguaios o que não estamos conseguindo no Brasil: qualidade da carne, volume, preço e, especialmente, a eficiência na organização da Cadeia Produtiva. Adicionalmente, um sistema associado de produção de leite, carne e lã, explorando a multiplicidade de produtos da espécie ovina.

Em um cenário de escassez e demanda de lã, o Uruguai "pode produzir mais 20 milhões de quilos do produto para abastecer a indústria têxtil", disse o gerente geral do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Gabriel Capurro, ao inaugurar o seminário "A produção ovina nos próximos anos". O Uruguai exporta 65 milhões de quilos por ano. O encontro que ocorreu no Laboratório Tecnológico do Uruguai (LATU), foi organizado pela Sociedade de Criadores de Corriedale do Uruguai (SCCU).

O técnico do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Carlos Salgado, disse que o produtor de ovinos do Uruguai está retendo seus animais, refletindo numa queda de 9% no número de abates com relação ao começo de 2010.

O acesso aos mercados, sobretudo os de alto valor, é uma das restrições ao mercado exportador de carne ovina do Uruguai para ter um crescimento sustentado da produção de carne de qualidade com altas rentabilidades.

O engenheiro Javier Frade, do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), elaborou um relatório sobre as exportações do setor ovino do Uruguai, onde consta que, de primeiro de novembro de 2009 a 31 de outubro de 2010, o país obteve um valor de US$ 337,1 milhões em exportações de produtos do setor ovino, incluindo lãs e produtos de lã, carne ovina, peles e ovinos em pé. Esse valor representa um aumento de 24,4% com relação ao mesmo período do ano anterior.

O Secretariado Uruguaio de Lã (SUL) fez uma experiência de irrigação de pastagens na produção ovina em seu campo de Cerro Colorado que possibilitou duplicar a produção de carne e matéria seca por hectare frente a estabelecimentos não irrigados.

Durante os primeiros dez meses da safra de 2006/07, o valor das exportações de produtos ovinos do Uruguai (lãs e produtos de lã, carne ovina, peles lanares e ovinos em pé) totalizou US$ 261 milhões, segundo dados proporcionados pela Direção Nacional de Aduanas e divulgados pelo Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL). Com relação ao período de novembro a julho da safra anterior, houve um aumento de 11%.

O mercado mundial mostra preços firmes para ovinos e os principais países produtores que competem com o Uruguai - Austrália e Nova Zelândia - estão obtendo valores lucrativos para seus produtores. "Não há muita oferta para a demanda que existe atualmente. Os frigoríficos estão precisando de mais cordeiros e não há", alega Carlos Salgado, chefe do Departamento de Informação e Análise Econômica do Secretariado Uruguaio de Lana.

A demanda se mantém estável, sustentada por um bom desempenho das principais economias do mundo, enquanto a oferta não tem crescido. Por outro lado, os elevados preços do petróleo têm melhorado a relação da fibra com o sintético, fator que também influenciou nos fortes aumentos ocorridos neste ano.

A indústria têxtil uruguaia está preocupada com a queda do rebanho ovino do país e informou sobre a preocupação ao ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Tabaré Aguerre. O Uruguai tinha um rebanho estimado de 22 milhões de cabeças a mais de uma década e agora, esse rebanho não chega a 10 milhões de cabeças. A cada ano, o rebanho diminui em média 1 milhão de cabeças.

Um grupo industrial da Nova Zelândia enviou uma segunda missão técnica ao Uruguai para analisar a possibilidade de produzir carne ovina. A Austrália e a Nova Zelândia, os dois principais produtores de carne ovina do mundo, estão enfrentando uma baixa na produção de cordeiros que vai contra a crescente demanda pelo produto no mundo. O Uruguai é o terceiro maior produtor mundial de carne ovina, conta com uma cultura de produção e tem mão-de-obra com alta especialização, muito mais barata que seus outros dois competidores.

Durante os primeiros seis meses da safra de 2005/06, as exportações do setor ovino do Uruguai (lãs e produtos de lãs, carne ovina, peles lanares e ovinos em pé) totalizaram um aumento de 7,9%, com um total de US$ 139,5 milhões, com relação ao mesmo período da safra anterior.

O Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL) realizou no final de semana, na Rural de Tacuarembó, o lançamento da safra de lã de 2011, que será a mais baixa dos últimos 100 anos, estimada em 32 milhões de quilos (no ano passado, foram produzidos 35 milhões de quilos).

O Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL) divulgou seu informe mensal sobre o mercado mundial de carne ovina. Os produtores têm apostado no setor ovino, têm retido ventres, têm encarneirado um maior número possível de fêmeas e estão a espera de poder se beneficiar com o bom preço, se esse não baixar nos próximos meses. O relatório assegura que o comércio de ovinos vivos é uma variável de muita importância no funcionamento do mercado de ovinos e tem um papel muito importante nos processos de formação de preço.

A queda na produção de ovinos e a demanda alta provocam aumento nos preços e abre oportunidades para o Uruguai. "O preço do cordeiro no Uruguai está em um nível que dificilmente voltará a ser como era antes. É muito possível que os nossos valores se aproximem aos da Nova Zelândia e da Austrália", disse o analista e economista do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Carlos Salgado.

O consumo total de carne ovina por habitante por ano no Uruguai ficou em média em 6,5 quilos nos últimos três anos e significou um decréscimo de 27% com relação à média do período de 1999-2001. Na área rural, o consumo de carne ovina por habitante durante ao no de 2008 ficou em 71 quilos, consumo 10 vezes superior ao da área urbana. Esse nível de consumo significou um crescimento de 9% com relação a dez anos atrás.

A falta de cordeiros pesados em determinadas épocas do ano no Uruguai põe em risco os mercados conquistados, alertou o corretor, Jorge Dimu. "O problema é que hoje temos falta de cordeiro pesado. Em vez de entregar dez caminhões estamos entregando dois, porque não se chegou a implementar por parte das autoridades privadas medidas para que existam cordeiros pesados de 16,18 ou 20 quilos durante todo o ano. Não se trata de receber tudo junto, entre setembro e dezembro. Esse é um erro grave, porque deixamos espaço para que entrem em nossos mercados, Chile ou Argentina. Tudo isso foi transmitido ao Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL)".

O setor ovino tende a se especializar durante a próxima década na produção das matérias-primas que o mercado demanda, melhorando a qualidade e baixando a finura da lã.

"No futuro veremos menos produtores, mas muito mais especializados em produzir o que o mercado quer. Quem não mudar sua mentalidade, mudará de setor ou perecerá", disse o diretor do Programa de Carne e Lã do Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA), Fabio Montosi, ao falar sobre o tipo de ovinocultura que deverá predominar nos próximos 10 anos. Montosi, junto com Pedro Otegui, da indústria têxtil, fizeram parte de um painel, no II Seminário sobre Melhoramento Genético em Ovinos, organizado pelo Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL) e pelo INIA.

Arco visita o SUL no Uruguai

postado em 12/05/2008

A Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, ARCO, visita o Secretariado Uruguaio da Lã, Sul, na próxima terça-feira, dia 13, em Montevideo, Uruguai para dar prosseguimento ao convênio firmado durante a Expoprado 2007.

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