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O agro na Rio + 20

postado em 22/06/2012

Mesmo correndo o risco de basear minha análise em apenas alguns aspectos do tema - afinal, é praticamente impossível participar de todos os eventos na Rio+20 que discutem, direta ou indiretamente, agricultura -, duas questões foram recorrentes nas discussões sobre a agenda de desenvolvimento sustentável do agro: saídas para melhorar a eficiência no uso dos recursos naturais e impactos decorrentes do necessário aumento futuro da produção para atender às necessidades de consumo de alimentos de uma população ainda crescente.

Seção Conjuntura de Mercado: "Após o registro de 334,7 mil cabeças ovinas abatidas em 2009, o volume de abates sob inspeção federal iniciou um processo sistemático de queda que perdura até o presente, de forma que o ano de 2014 fechou com um volume oficial de 95,8 mil cabeças (barras em azul, valores à esquerda) - o menor valor registrado nos últimos 10 anos", por Daniel de Araújo Souza.

Após viver momentos favoráveis no primeiro semestre, quando os preços das commodities atingiram valores recordes, os produtores terminam 2008 com um cenário bastante desfavorável, principalmente após o desenrolar da crise financeira mundial que interrompeu o fornecimento de crédito para o setor. Stephanes não se arrisca a fazer uma previsão para 2009, mas, como ministro, diz que tem de ser otimista.

Apesar da falta de chuvas em algumas regiões, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgaram ontem (11), suas novas projeções para a atual safra agrícola. Ambas as instituições apontam números recordes.

Apesar da previsão de uma safra maior, o cenário de rentabilidade para o agronegócio brasileiro em 2010 é desfavorável em relação a 2009, disse nesta terça-feira (24) o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues. Segundo ele, a safra 2009/10, cujo plantio de verão está sendo realizado, enfrentará três problemas: câmbio desvalorizado, insumos comprados com o dólar mais alto e preços internacionais cadentes.

Apesar do declínio nos abates de cordeiros durante o mês de fevereiro, a produção de carne de cordeiro da Austrália continuou estável no mês, à medida que as melhores condições climáticas contribuíram com os pesos médios recordes das carcaças. A produção no mês totalizou 35.962 toneladas, com pesos médios das carcaças, em fevereiro, 4% maiores com relação ao ano anterior, para um recorde de 21,5 quilos por cabeça, de acordo com dados do Australian Bureau of Statistics publicados pelo Meat and Livestock Australia (MLA).

Após atingir resultados recordes em alguns de seus principais indicadores em 2011, o agronegócio brasileiro prepara-se para um ano "menos positivo". As rachaduras na economia do mundo desenvolvido e seus reflexos em países emergentes, na demanda global por alimentos e nos preços das commodities tendem a provocar a desaceleração do ritmo de crescimento do setor no país.

Após bater recordes de produção e receita em 2007 e 2008, a agricultura brasileira de grãos vai recuar este ano. A renda do produtor com a safra de arroz, feijão, milho, soja, trigo e outros grãos, que começa a ser colhida a partir de fevereiro - e que dá a dinâmica da economia de mais de 70% dos municípios brasileiros -, deve encolher em R$ 10,4 bilhões.

O Indicador de Comércio de Cordeiros dos Estados Orientais (ESTLI) da Austrália atingiu o pico de A$ 5,61 (US$ 5,42) por quilo em 27 de agosto. O ESTI terminou setembro em A$ 4,86 (US$ 4,70) - 13% a menos que o pico do final de agosto, com mais cordeiros no mercado pressionando os preços para baixo. Entretanto, comparado com o preço médio dos últimos cinco anos para a semana final de setembro - A$ 3,59 (US$ 3,47) - os preços ainda estão 35% maiores.

O governo argentino lançou na quarta-feira (14) um programa de créditos baratos e outros benefícios para os produtores rurais, mas as medidas foram consideradas insuficientes por um setor com problemas econômicos e em conflito com a presidente Cristina Fernández de Kirchner.

O setor ovino da Argentina deverá desacelerar neste ano após mais de sete anos de crescimento sustentado. Em 2008, o setor teve exportações recordes de lã e carne fresca, gerados a partir dos avanços contínuos desde 2002. "O preço externo da lã baixou em 60% este ano e a demanda segue se contraindo", disse o presidente da Sociedade Rural de Comodoro Rivadavia, Provincia de Chubut, Federico Pichl.

As baixas cotações do milho em 2013 podem influenciar o recuo na produção brasileira do cereal no próximo ano. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a produção brasileira caia entre 1,7% e 3,2%, com volumes próximos a 79 milhões de toneladas na safra 2013/2014. Os principais produtores nacionais, Paraná e Mato Grosso, influenciarão neste recuo.

As condições positivas de mercado para a indústria australiana de carne ovina deverão continuar pelo resto de 2011 e depois disso. As ofertas aumentarão, mas continuarão estreitas, à medida que os rebanhos ovinos são reconstruídos mais rápido do que se esperava. O economista chefe do Meat and Livestock Australia (MLA), Tim McRae, disse que os preços historicamente altos da carne de cordeiro vistos no começo de 2011 estavam retornando para um nível mais sustentável para toda a indústria. "Os preços da carne de cordeiro alcançaram recordes no primeiro trimestre do ano, devido em grande parte aos mercados afetados pelas chuvas. Entretanto, embora se mantenham favoráveis em uma base histórica, os preços agora voltarão a níveis mais sustentáveis que são viáveis para toda a cadeia de fornecimento".

As escassas ofertas globais de carne de cordeiro e, consequentemente, os altos preços do produto, deverão continuar, de acordo com a organização Beef + Lamb New Zealand (B+LNZ). O anúncio foi feito após o Serviço Econômico da B+LNZ ter revisado os números provisórios de abates de cordeiros do meio do ano, que mostraram que a produção total de carne de cordeiro da Nova Zelândia está a caminho de alcançar o número previsto de 19,3 milhões de cabeças para a atual estação.

As estimativas de produção total de lã na atual safra no Uruguai são de cerca de 45 milhões de quilos, um volume similar ao da safra anterior. No entanto, as projeções de exportação de lã são positivas em termos de volume, mas deixam muito a desejar em preços, do ponto de vista do produtor.

As exportações australianas de carne de cordeiro aumentaram 2% com relação ao mês de fevereiro de 2010, para 11.484 toneladas. O aumento foi registrado para a maioria dos principais mercados, de acordo com o Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura.

As exportações australianas de carne de cordeiro em 2010-11 tiveram um aumento de 14% em valor com relação ao ano anterior, com o mesmo excedendo a marca de A$ 1 bilhão (US$ 1,01 bilhão) pela primeira vez, de acordo com dados do Global Trade Atlas. O valor total dos envios de carne de cordeiro, de A$ 1,06 bilhão (US$ 1,07 bilhão), foi alcançado apesar de um leve declínio no volume dos envios durante o mesmo período, caindo 448 toneladas, para 145.523 toneladas.

As exportações australianas de carne de cordeiro se mantiveram firmes, em 156.565 toneladas, em 2010-11 - apenas 405 toneladas a menos que em 2009-10, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, pesca e Silvicultura do país. Esses volumes foram alcançados apesar do alto dólar australiano, de um declínio na produção de carne de cordeiro no período, dos maiores preços dos animais e as menores margens dos exportadores.

As exportações australianas de carne de cordeiro terminaram o ano fiscal de 2011-12 em níveis recordes de 173.814 toneladas - 11% a mais que no ano anterior e 7% (11.000 toneladas) a mais que o recorde anterior, registrado em 2007-08, de acordo com dados do Departamento de Agricultura, Pesca e Silvicultura. O volume recorde no ano fiscal foi em grande parte direcionado pela maior produção, particularmente durante os primeiros meses de 2012 e foi alcançado apesar do forte dólar australiano e da menor demanda em muitos mercados externos.

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