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Ranilson Ramos ratificou o lançamento, em outubro, do programa de incentivo à cadeia produtiva da ovinocaprinocultura. As novas ações serão direcionadas à melhoria genética do rebanho pernambucano, o que trará ganhos significativos de produtividade na produção de carne e leite. O programa está dividido em duas linhas de atuação. Inicialmente, unidades móveis de inseminação artificial irão capacitar os produtores a realizarem procedimentos padrão da técnica.

O segmento de insumos e a produção primária dentro da porteira das fazendas continuam garantindo os bons resultados do PIB do agronegócio, que acumula crescimento de 4,96% de janeiro a maio deste ano. As taxas de 2,39% e 1,90% registradas pelos dois segmentos, em maio, superam em dobro os resultados do mesmo período de 2007. No acumulado do ano, o PIB dos insumos apresenta taxa de 10,37% e a produção primária soma 8,04%. "Na prática, tais resultados não demonstram ganhos de rentabilidade para o produtor, que aumentou sua produção, mas enfrenta elevação dos preços dos insumos e, conseqüentemente, dos custos de produção", afirmou o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ricardo Cotta Ferreira.

O seminário "Bons tempos para o negócio ovino", realizado semana passada no Laboratório Tecnológico do Uruguai (LATU) e organizado pelo Grupo Gestor do Plano Estratégico Nacional para o Setor Ovino, confirmou as boas perspectivas que se esperam, tanto para a lã, como para a carne. O presidente do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Gerardo García Pintos, reafirmou que o setor tem gana de "ir em frente" e tem força e, por isso, se comprometeu a trabalhar junto com o governo, a indústria e o comércio.

O Serviço de Comercialização Agrícola (AMS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a compra de 180.000 libras (81,6 toneladas) de carne de cordeiro a um custo de aproximadamente US$ 594 mil. Esses produtos serão distribuídos em programas federais de alimentação e nutrição.

O tempo em que a ovinocultura se resumia a uma pequena criação destinada à extração de lã e abate para consumo caseiro parece estar ficando para trás. Devido o aumento da demanda pela carne por consumidores exigentes e o surgimento de frigoríficos especializados no abate de cordeiros, os ovinocultores estão investindo em genética e manejo intensivo para produzir animais que atendam o padrão da indústria.

O Uruguai começa a trabalhar na medição das pegadas de carbono de sua carne ovina, porque os consumidores da União Europeia (UE) estão exigindo que isso seja feito. As pegadas de carbono medem a quantidade de gases de efeito estufa que emite uma cadeia produtiva para se conseguir um determinado produto e, na UE, já estão vigentes normas privadas, impulsionadas pelos consumidores, que estão dispostos a pagar preços diferenciais pelos produtos que sejam menos prejudiciais ao meio ambiente.

Os consumidores ingleses compraram 6% mais carne de cordeiro nos últimos 12 meses do que no ano anterior de acordo com dados do English Beef and Lamb Executive. No último ano terminado em maio de 2007, as vendas de carne de cordeiro aumentaram para 513 milhões de libras esterlinas (US$ 1021,99 milhões) na Inglaterra.

Os excelentes preços para a lã não foram acompanhados por grandes volumes de produção. Foi registrada uma forte baixa no nível de abates, determinando volumes exportados de carne ovina 40% menores que no ano anterior. Da mesma forma, uma nova redução no rebanho ovino gerou um ajuste para baixo nos volumes de lã produzidos, resultando em volumes mínimos históricos para o setor. Dados preliminares da Direção de Controlador de Semoventes (Dicose) confirmam uma queda do rebanho de 9% para junho de 2010, resultando em 7,84 milhões de cabeças, 800 mil lanares a menos que no ano anterior.

Os preços dos grãos devem se manter elevados por um período ainda longo. Ao menos é o cenário traçado pela indústria de ração animal, maior consumidora dessa matéria-prima. De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação Animal (Sindirações), Ariovaldo Zani, os pilares responsáveis pela escalada nas cotações internacionais se mantêm intactos, apesar da preocupação com a recessão nos países desenvolvidos.

Os produtores australianos de ovinos obtiveram seus melhores rendimentos reais desde 1988-89, quando os produtores de lã ainda recebiam garantia de preço mínimo para a lã, de acordo com um relatório divulgado recentemente.

Os produtores de cordeiro do País de Gales, no Reino Unido, e da Nova Zelândia, concordaram em se reunir com mais freqüência para evitar a destruição de suas indústrias. Segundo o site MeatNews.com, a decisão seguiu recentes fortes quedas nos preços ao produtor de cordeiros nos dois países.

Os produtores de cordeiro do Reino Unido precisam de mais de 70 pêni (US$ 1,43) por quilo acima dos atuais preços de mercado para ter a sustentabilidade que a indústria precisa no mercado pós reforma da Política Agrícola Comum (PAC) e livre de subsídios, de acordo com as últimas descobertas do órgão de desenvolvimento de carnes vermelhas do País de Gales, Hybu Cig Cymru (HCC).

Os produtores de lã fina da Austrália estão adotando novas tecnologias genéticas para melhorar a qualidade de seus rebanhos e de sua lã. Em um seminário da Associação de Produtores de Lã Superfina da Austrália (ASWGA) em Canberra, ocorrida no último sábado, os produtores de ovinos e criadores de carneiros ouviram em primeira mão as novas oportunidades apresentadas pelas últimas tecnologias em DNA.

Preços altos, menor oferta de países produtores, como Nova Zelândia e Austrália, e uma maior rentabilidade em comparação com setores tradicionais, como o setor leiteiro, engorda de bovinos e cereais, explicam o auge que vive hoje a pecuária ovina no Chile. Por esse motivo, as apostas no setor estão aumentando. Aos maiores operadoras da indústria local - a família Marín e o grupo Matetic, ambos da XII Região -, uniram-se a novos participantes, em particular, na região centro-sul. Nas regiões de La Araucanía, Los Lagos e Los Ríos, o número de produtores com mais de 200 ovelhas duplicou em 10 anos de acordo com o último censo agrícola. A isso se une outro fenômeno: a crescente conversão de terras, onde os produtores estão trocando vacas por ovelhas.

A organização Hybu Cig Cymru-Meat Promotion Wales (HCC), do País de Gales, está planejando uma importante campanha de marketing para estimular a demanda por carne de cordeiro local (Welsh Lamb) no mercado doméstico, informou o site Mad.co.uk. A campanha vem em um momento em que o setor de carnes vermelhas do país luta para retomar sua participação de mercado após os recentes surtos de febre aftosa que acometeu o Reino Unido.

Para tentar amenizar a escassez de linhas de financiamento externas para o setor agrícola, o governo decidiu antecipar a liberação de R$ 5 bilhões que o Banco do Brasil previa usar somente no Plano de Safra do ano que vem.

Segundo dados do Sebrae-PB, só na região do Cariri, são produzidos 20 mil litros de leite de cabra por dia, e a expectativa é que essa produção chegue a 25 mil litros diariamente. No Sertão, a produção é menor, 1,2 mil litros por dia, mas deve chegar a 2 mil até dezembro. No Curimataú e Seridó, são 900 litros produzidos diariamente, com a previsão de chegar a 1,5 mil até o final do ano.

Um pleito antigo do Brasil deve ser atendido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Hoje a instituição deve aprovar a chamada "zona de contenção". A nova regra permite que, em caso de foco de uma doença, apenas a região atingida perca o status sanitário.

Os preços da carne de cordeiro dos Estados Unidos deverão se recuperar em 2013, estimulados por uma demanda estável e menores ofertas. Isso de acordo com uma análise da indústria ovina que foi feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Do lado dos produtores, melhores seriam as oportunidades se houvesse maior volume e frequência nos abates. "Produzimos carne de qualidade, este não é o problema. O desafio é fornecê-la para a indústria nas escalas necessárias. Para tanto, é preciso lançar mão de outras estratégias de produção", reconhece Anderson Pedreira, diretor da Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia (ACCOBA), sediada em Salvador (BA). Uma das táticas que poderiam ajudar neste sentido é a integração entre produtores.

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