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Graças ao cooperativismo, somente na região norte do Paraná o número de matrizes de ovinos criadas para fins comerciais saltou de 3,5 mil para 8 mil em pouco mais de um ano. O assunto foi discutido ontem durante o 2º Rural Tecnoshow, promovido pela Sociedade Rural do Paraná.

Organizações agrárias da Espanha não estão satisfeitas com as medidas tomadas pelo Governo para mitigar a crise no setor ovino, alegando que são "a muito longo prazo" e que precisam de "liquidez imediata" para que o setor ovino e caprino não desapareça. O aumento nos custos de produção e a baixa dos preços da carne têm colocado os pecuaristas espanhóis em uma situação de "rentabilidade zero", o que se traduz em perdas, segundo representantes da Mesa de Ovino, celebrada nesta semana em Madri.

Para coibir abusos na alta de preços de alimentos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que o governo pode reduzir ou eliminar tarifas de importação. Tudo para manter a política de redução de taxa de juros sob controle.

O presidente do Meat & Wool New Zealand, Mike Petersen, disse nesta semana que não haverá mais atividades promocionais na mídia da carne de cordeiro neozelandesa no mercado britânico neste ano, segundo reportagem do site Meatinfo.co.uk.

A redescoberta da Ásia

postado em 16/08/2007

Os leitores que acompanham a evolução do mercado de alimentos no mundo certamente estão notando que o campo anda fértil de novos acontecimentos. Chama a atenção o aumento dos preços dos produtos lácteos em função do crescimento do consumo na China. O fenômeno chinês fez com que os preços do leite em pó desnatado, principal commodity láctea transacionada mundialmente, subissem de US$ 2.200 a tonelada para US$ 4.700. O consumo de leite na China aumentou 3,5 vezes de 2001 até hoje, passando de 8,7 litros por habitante para 30 litros, em apenas seis anos.

Apesar da redução do ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, que caiu de 0,54% para 0,38% em maio, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), o acumulado de janeiro a maio, de 1,67%, continua sinalizando cenário mais favorável para o setor em 2007 em relação aos dois últimos anos.

A proibição às exportações de cordeiro imposta como resultado de um foco de febre aftosa no Reino Unido levará a menores preços e ameaças aos produtores de ovinos britânicos, que já passam por um momento de dificuldade. O foco confirmado da doença tem resultado em uma barreira automática a todas as exportações de carnes vermelhas da Grã-Bretanha que não será removida dentro de três meses a partir do último caso notificado.

Os produtores de ovinos da Nova Zelândia pretendem interrogar os processadores de carne em uma tentativa de aumentar os retornos da indústria. As questões colocarão pressão nas companhias para garantir que suas estratégias de marketing atinjam o objetivo de obter melhores retornos aos produtores. Scott disse que a lista de perguntas estará completa antes dos cordeiros estarem prontos para venda em outubro.

Os produtores de cordeiro do Reino Unido precisam de mais de 70 pêni (US$ 1,43) por quilo acima dos atuais preços de mercado para ter a sustentabilidade que a indústria precisa no mercado pós reforma da Política Agrícola Comum (PAC) e livre de subsídios, de acordo com as últimas descobertas do órgão de desenvolvimento de carnes vermelhas do País de Gales, Hybu Cig Cymru (HCC).

Segundo o Meat and Livestock Austrália (MLA), os principais fatores que reduziram os preços dos cordeiros foram o aumento na oferta de animais, a forte competição com outras carnes e o alto dólar australiano. Os maiores números de cordeiros de segundo cruzamento disponíveis em 2006-07 (após um ano de produção razoável em 2005-06) e a seca levaram ao aumento no número de abates de cordeiros de cerca de 8% no ano.

A carne ovina uruguaia com osso só pode ser vendida ao Brasil e à Rússia. A possibilidade de exportar sem desossar facilita para a indústria frigorífica a colocação de toda a carcaça. Hoje, parte dos dianteiros e costelas são destinados ao mercado interno e os traseiros são destinados a cumprir a cota de 3.700 toneladas sem osso que o Uruguai tem com a UE.

Os consumidores ingleses compraram 6% mais carne de cordeiro nos últimos 12 meses do que no ano anterior de acordo com dados do English Beef and Lamb Executive. No último ano terminado em maio de 2007, as vendas de carne de cordeiro aumentaram para 513 milhões de libras esterlinas (US$ 1021,99 milhões) na Inglaterra.

O mercado global de carnes está progressivamente caracterizado por caminhos divergentes entre aumento na produção e tendências de maior consumo dos países em desenvolvimento contra dinâmicas mais estáveis nos mercados maduros dos países desenvolvidos.

O rebanho ovino da Espanha cairá 3,3% em 2007 para 21,6 milhões de cabeças, segundo um relatório da Situação e Perspectivas do setor de carne ovina do Grupo Consultivo de carnes da União Européia (UE).

O FarmPoint lançou no mês de abril uma pesquisa com o objetivo de coletar informações sobre o mercado dos produtos ovinos e caprinos nas diferentes regiões do Brasil e contribuir assim para a divulgação mais precisa e confiável da situação da atividade no país.

Os produtores de ovinos da Irlanda pediram por um aumento de preços de 8 a 10 euros (US$ 10,86 a US$ 13,57) por cordeiro pagos pelas processadoras de carnes com relação aos níveis de 2006 para que possam permanecer na atividade.

A Nova Zelândia pode esperar um fortalecimento na competição nas exportações de carne ovina da Austrália nos mercados não sujeitos a cotas. O crescimento nas exportações da Austrália aos mercados dos Estados Unidos, China, Japão e Oriente Médio nos últimos cinco anos mostram como a competição nestes destinos tem aumentado acentuadamente.

A melhora anual foi, entretanto, inteiramente devido ao fortalecimento do comércio durante os primeiros seis meses de 2006, pelas condições favoráveis de mercado e pela boa disponibilidade de cordeiros, resultando em um aumento de 16% nas exportações comparado com a primeira metade do ano de 2005.

O agronegócio mundial no século 21

postado em 04/05/2007

A demanda por alimentos deverá ter comportamento distinto entre países em desenvolvimento e desenvolvidos. Nos primeiros, espera-se um elevado crescimento do consumo de alimentos, nos países desenvolvidos, a tônica não deve ser o aumento quantitativo da demanda, mas, sim, qualitativo . Nesse cenário de extraordinárias mudanças na produção e no consumo de alimentos, espera-se uma expansão sem precedentes do mercado agrícola mundial, com destaque para as carnes e os lácteos.

O Meat Industry Restructuring Group está propondo a fusão dos processadores PPCS e a cooperativa Alliance Group. Esta medida segue uma redução nas margens para a carne de cordeiro neozelandesa nos últimos anos e é uma aposta para se obter melhores preços nas exportações deste produto.

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