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Os produtores da Nova Zelândia, maior exportador mundial de carne ovina, poderão reduzir as exportações de carne de cordeiro para seu menor nível dos últimos 46 anos na próxima estação para ajudar na reconstrução dos rebanhos. Os abates para exportação poderão cair em cerca de 2%, para 21 milhões de cordeiros no ano que começa em 1 de outubro, o menor desde 1963, informou o Meat & Wool New Zealand.

O presidente do Meat and Wool New Zealand, Mike Petersen, rechaçou as alegações de que seus produtores estão vendendo produtos a preços inferiores aos produtos britânicos, pedindo aos mesmo tempo um maior entendimento dos problemas que os produtores de ovinos de ambos os países enfrentam atualmente.

Os produtores de ovinos da Nova Zelândia deverão enfrentar uma maior demanda e maiores preços da carne ovina, de acordo com um relatório do Rabobank.

Os menores números de cordeiros e a queda do dólar neozelandês trouxeram alívio aos produtores ovinos da Nova Zelândia, disse o Rabobank em sua última revisão sobre o setor agrícola da Nova Zelândia e da Austrália. A edição de agosto da revisão do Rabobank informa que os preços dos cordeiros ao produtor aumentaram em NZ$ 0,25 (US$ 0,17) por quilo, ou 6%, durante o último mês, à medida que os mercados internacionais se ajustaram para as menores ofertas de cordeiros e para a redução no dólar neozelandês.

O excesso de oferta de cordeiros domésticos no mercado do Reino Unido - como resultado das barreiras às exportações ligadas à febre aftosa e à doença da língua azul - será um problema para a Nova Zelândia nos próximos meses, de acordo com o presidente do Meat and Wool New Zealand, Mike Petersen.

Os preços dos cordeiros da Nova Zelândia aumentaram em 33% por cabeça nas primeiras seis semanas desta estação, comparados com o ano anterior. Considerando a queda de volume de 23% nesta estação, o nível de preço ajudará os produtores, de acordo com o diretor de Serviços Econômicos do Meat & Wool New Zealand, Rob Davison.

Reportagem de Juliet Larkin para o site Stuff.co.nz informou que os preços dos cordeiros na Nova Zelândia provavelmente não melhorarão no restante da estação produtiva, segundo uma importante companhia de carnes do país.

O número total de cordeiros nascidos na Nova Zelândia nessa estação aumentou 6,2% (1,7 milhão de cabeças), para 28,95 milhões. Entretanto, esse número continua baixo comparado com a média de 32,8 milhões de cabeças durante o período de uma década até 2007, de acordo com o último relatório do Meat & Wool New Zealand.

Os produtores de ovinos da Nova Zelândia pretendem interrogar os processadores de carne em uma tentativa de aumentar os retornos da indústria. As questões colocarão pressão nas companhias para garantir que suas estratégias de marketing atinjam o objetivo de obter melhores retornos aos produtores. Scott disse que a lista de perguntas estará completa antes dos cordeiros estarem prontos para venda em outubro.

O rebanho de cordeiros da Nova Zelândia pode cair para o mais baixo nível dos últimos 50 anos na próxima estação depois que a seca reduziu os estoques de animais e os muitos produtores converteram suas fazendas de produção ovina em produção leiteira, mais lucrativa, informou reportagem do Bloomberg. O número de cordeiros pode cair em 3,5%, para 30,3 milhões no ano que começará em setembro, o menor nível desde 1958, segundo previsões feitas pelo Meat & Wool New Zealand Ltd.

Um milhão e meio de cordeiros a menos estarão disponíveis para o comércio de exportação de carne neste ano na Nova Zelândia devido aos efeitos da seca da Costa Leste do país, de acordo com o Meat & Wool New Zealand. Pelos preços atuais, isso significa um possível corte de cerca de NZ$ 100 milhões (US$ 75,31 milhões) nas receitas de exportação.

Um analista industrial disse que a indústria de carne ovina da Nova Zelândia precisa de algo mais do que apenas mudanças estruturais para se revitalizar, informou o site RuralNews.co.nz.

O economista de agribusiness, professor Frank Scrimgeour, reitor da Escola de Administração da Universidade de Waikato, disse que a indústria de processamento de carnes do país precisa focar no desenvolvimento de novos produtos para novos mercados.

O Uruguai teve o maior abate de ovinos dos últimos cinco anos. Segundo um relatório do Instituto Plan Agropecuário, foram registrados preços muito bons em todas as categorias, ainda que a principal demanda seja para cordeiros não desmamados.

O acesso aos mercados, sobretudo os de alto valor, é uma das restrições ao mercado exportador de carne ovina do Uruguai para ter um crescimento sustentado da produção de carne de qualidade com altas rentabilidades.

O ano de 2007 começou com perspectivas muito boas para o setor ovino do Uruguai, que viu um aumento em sua atividade ao ponto de alcançar nas primeiras oito semanas um nível de abates 32% superior ao mesmo período do ano anterior.

O assunto "organização da cadeia produtiva da carne ovina" é recorrente em qualquer encontro que trate da ovinocultura e em qualquer estado onde esse encontro ocorra. As pessoas falam de participação dos produtores, de negociações em câmaras, da falta de apoio oficial, etc. Mas pensemos um pouco... a cadeia produtiva da bovinocultura de corte é organizada?

A queda nas exportações parece ter como principal origem a baixa oferta de carne ovina. O segundo ponto a ser levantado é a dependência do Uruguai pelo mercado brasileiro - forte impulsor do aumento dos preços em 2011 - e que desde o final do ano passado vem comprando menos. Para o analista do Secretariado Uruguayo de la Lana, Carlos Salgado, "o produto estará um pouco mais cogitado nos próximos meses".

O Escritório de Programação e Política Agropecuária (Opypa), do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai estima que as melhores perspectivas para o setor ovino deverão se manter por um tempo. O Uruguai conta com um estoque de 7.362.000 cabeças (segundo dados de julho de 2011), que caiu 4,5% em um ano e é um dos mais baixos da história. No entanto, o setor está mostrando sinais de recuperação, com maior retenção de ventres e um maior desmame de cordeiros.

O perfil exportador se manteve praticamente sem mudanças com relação ao ano anterior, com a União Européia (UE) e o Brasil como principais destinos. Em volume, estes mercados absorveram 35% do total exportado cada um, níveis praticamente iguais aos obtidos em 2006. Em valor, a UE dominou o mercado, com 43%, seguida pelo Brasil, com 35% do total. Neste sentido, há uma destacada melhora do preço médio de exportação ao Brasil, que chegou a US$ 2.214 por tonelada peso carcaça, 16% a mais que a média do ano anterior.

O Governo dos Estados Unidos disponibilizará US$ 2 milhões para a compra de carnes de cordeiro. Na sexta-feira, dia 30 de abril, o secretário da Agricultura, Tom Vilsack, anunciou o plano do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de comprar US$ 161,4 milhões em variedades de alimentos para programas federais de assistência alimentícia e nutricional.

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